sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

ordem para sorrir

Hoje nas rádios, o convite em modo de desafio é que se sorria. Nada contra. Gosto de sorrir, que me sorriam, e de boa disposição. No entanto, sorrir nestes tempos conturbados de incertezas, e poucos ou nenhuns horizontes risonhos, é acto complicado, principalmente para quem anda da rua de papel na mão a mendigar uma carimbadela, com a absurda e inútil finalidade de justificar a busca de emprego. Num país cada vez mais em desiquilíbrio, onde as imagens dos tumultos no Egipto suscitam comentários do tipo - e qualquer dia vai ser aqui.
Existe quem, como Medina Carreira, anteveja que a malta vai acabar por andar à estalada. Admito que quando ouvi pela primeira vez essa professia, chamei doido ao ex-ministro que afirmava ser uma consequência inevitável da progressiva falência da nossa economia, e que bastava fazer as contas. Hoje já vejo a coisa com outros olhos, concluindo que um dia chegará o da tal gota que faz rebentar a tampa.
Mesmo sabendo que a coisa está séria, e que a uns a vontade que dá é de chorar, que se sorria sim, faz bem e não é tributado, que se saiba.
Faz todo sentido incluír aqui um dito popular que a minha avó dizia, vez ou outra:
"vamos lá cantando e rindo, que isto um dia acaba triste" :):):)

3 comentários:

  1. Portanto o que toca aí para esses lados é a Comercial :):)

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  2. Comigo aconteceu uma coisa engraçada (isto por falar em sorrir), há alturas que o desespero é tanto quando as coisas começam para o torto que acabando as lágrimas acaba por surgir o sorriso...acho que isto é uma defesa do nosso cérebro. Até porque se estivermos atentos...chegamos à conclusão que nos Países mais pobres é onde encontramos as gentes mais alegres...com mais sorrisos por metro quadrado...não é? Fica a explicação para os psicólogos e estudiossoa na área...e nós...estamos a chegar a esse ponto, não?

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Sputnickadelas