terça-feira, 11 de janeiro de 2011

special Tuga

Habituados, conformados, cabisbaixos, acostumados que estamos, a desgraças e vergonhas nacionais, é mais que muito bom, podermos sentir o contrário uma vez ou outra.
Não é que não existam assuntos tristes, os das desgraças e vergonhas. Eles estão aí, nos jornais, e nas bocas das gentes, desta e de outras terras, as nossas tristezas, em títulos garrafais, as presidenciais, o governo, o FMI, a morte do tipo do chique e do choque, são assuntos que envergonham e desesperam qualquer português que se sinta útil, participe, contribua na sociedade em que se insere.
Gosto de pessoas com sucesso merecido, tal como abomino os que o conseguem por outras custas.
O Mourinho, e já o disse por aqui, merece toda a minha admiração e orgulho. Pode e deve ser aquilo tudo que lhe lhe chamam, de arrogante a vaidoso, e outras dentadinhas de canídeos raivosos, que ao bom estilo luso-invejoso, não conseguem admitir a competência, a garra e o rigor.
Já escutei palavras de alguns soberbos guitarristas, auto-proclamando-se de serem eles os melhores do mundo. É discutivel, pois até na mesma peça, o estilo de execução pode variar, e confundir os gostos de cada um. Quanto ao Mourinho nunca tive dúvidas - desde o Chelsea, que o elegi como o melhor, como o special one. E não me enganei. Ontem, quando o vi de lagrimita no olho, também me comovi. E não me envergonhei. Antes pelo contrário. Gostei de partilhar o orgulho, de o ver e ouvir em português. Assim fossemos, mais uns quantos, e não seria Portugal um país sem méritos e sem créditos. Quem sabe um dia, um político me arranca idêntica emoção. Mas isso já é sonhar.

3 comentários:

  1. Concordo com tudo. Já tinha escrevinhado umas poucas linhas sobre isso no meu estaminé. Eh pá, essa do politico, é que enfim. Felizmente tens em consciência a impossibilidade :)

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Sputnickadelas