sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

off line

Que amanhã não me telefonem. Que amanhã eu não veja cartazes, nem escute opiniões. Que amanhã sondagem alguma ouse incomodar-me. Tãopouco as figuras dos artistas do circo mediático, me apareçam no pequeno ecran. Ai de quem se atreva. Estou out. Off. Pois encontrar-me-ei em modo de recato, de quase clausura - em reflexão.
Após, o já tão habitual e previsível estendal da campanha de caça ao voto, cabe-me, como votante, analizar as arruadas, as bandeiras, os bonés, as esferográficas, os porta-chaves, os vivas, os abaixos, as intrigas, as vociferações desta chuva de estrelas-pardas que falou de tudo menos do essencial. Desta vez, o teatro foi mais pobre, vazio de conteúdos, disse-o Belmiro de Azevedo, e concordo. Será também uma farsa competitiva, onde já sabemos o que e quem vai ganhar. Sem espinhas. Ou não fosse o ganhador, (à primeira volta, para poupar trocos) veterando destas lides. Afinal, nos meus 53 anitos, só me lembro na figura de Oliveira Salazar, de tamanha e contínua presença na cadeira. O ganhador também avisa, que sem ele Portugal afunda, como se não estivesse já tudo a postos, para experimentar o submarino, que por sinal já avariou, pese embora, que estava em período de garantia, e por conseguinte, a assistência técnica ficou de borla. Menos mal, menos um imposto. Dizem também que o ganhador gasta mais em Belém, que a real casa espanhola. Ora toma. Que gastou mais 30% que Sampaio. Mas também não admira, pois homem que se diz duas vezes mais sério que os outros homens, presumidos sérios, tem de gastar um bocado mais. É como os carros, afinal, se andam mais, gastam mais. Este, o ganhador, nem anda muito, nem fala quase nada, pronunciar-se, muito menos, mas fica bem, no leque de bibelots nacionais. E todos sabemos, o quão conservador, é o povo português. Se gostamos da Amália, e do Eusébio, porque descartar Cavaco. Afinal , já estamos acostumados à figura. Nem que essa figura simbolize a nossa pobreza, e esteja na primeira fila dos responsáveis da vergonha em que se encontra Portugal.
Como dizia Pinheiro de Azevedo - o povo é sereno.
Com diz Seu Jorge para Ana Carolina - tu 'guennnnnnnnnta.

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