terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ah pois é, bébé!


Ontem cometi uma boa acção - esclareci um amigo. Ou melhor, ajudei-o a ver o que ele, e tantos outros não querem ver, e pior, nem pensam em mudar. A acomodação às situações de duvidoso bem-bom, em certos períodos da nossa vida, não implica que não se tenham que tomar medidas de acordo com as mudanças. Uma mera questão de remar consoante as marés e as correntes.
Dizía-me desolado o meu amigo, não entender porque estando a receber mais ordenado que antigamente, ele e a mulher, salientou, o dinheiro nunca chega. Perguntei-lhe, quantos são vocês lá em casa? Quatro, respondeu-me. Tens tv cabo? Claro. E net? Ora que pergunta. Telemóveis, quantos? Bem, com os dos miúdos, são cinco. E o fixo manténs? Pois, por causa dos meus sogros, que não atinam com telemóveis. E carritos? Pá, querias que andassemos a pé? Vá diz lá, quantos? Com o da mais velha, temos três, ah, e o P tem uma mota. E férias? Tanto quanto me tens contado, o mais perto é Algarve, ou Sul de Espanha... Mas tu julgas que a vida é só trabalhar? Temos direito! Não digo que não, apenas estou a tentar encontrar-te o dinheiro que dizes desaparecer, porque quando te conheci, disto tudo que te mencionei, apenas tinhas o teu bolinhas, e fazias férias na Comporta. Pois era, que saudades. E tens os putos a estudar? Claro, a mais velha está quase formada. Então meu caro L, puxa aí do gaurdanapo de papel, e da caneta, e soma isso tudo. O L não puxou do guardanapo, mas senti-o mentalmente a somar as parcelas.
Não sei se partiu mais ou menos preocupado, mas seguramente, este amigo, sabe hoje, exactamente, para onde vai o dinheiro que lhe falta a meio do mês. Basta fazer as contas. E é sempre com sinal de +.

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