quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

sobre o circo dos debates, e das papas e dos bolos


... ou sobre os tolos.
Com a pouca curiosidade que me restava, ouvi penosamente alguns debates sobre candidatos, bem como ouvi as reacções, as análises, os comentários, de pessoas, que pagas para o efeito, de modo quase nunca isento, vêm depois das lides televisivas, a terreiro, debitar as suas teorias, leia-se, aquilo que lhes pagaram para dizer.
De modo algum, aquilo que ouvi, me esclareceu, já o sabia. De modo algum, fui convencido, influenciado, sugestionado. O que se deparou, constou de uma demonstração de pobreza, nas palavras, nos conteúdos, dos personagens candidatos, que ao que se saiba, apenas um, pode (e deve) invocar, que dedicou grande parte da sua vida a causas que valem. Essa é a diferença entre os homens com H, e os que exibem um h'zinho.
Como para dançar tem de se saber dos passos, nestas andanças, as da política, há que se vestir de certas peles, que definitivamente, Fernando Nobre, não tem. Não lhe reconheço a capacidade que os políticos têm, acessorados ou a solo, de transformar água em vinho, de branquear passados recentes, de fazerem ver a palavra em vez do acto. De facto, o doutor, não tem essas capacidades, e dificilmente consegue falar em público sem tropeçar nas palavras, sem se engasgar nos dizeres. Mais um peixe fora do aquário. Sendo Nobre a pessoa, e sendo Nobre o trajecto, as intenções e cidadania, reune a condição de garantir o meu voto, mesmo sabendo eu que este Homem, sairá derrotado desta luta, em sede de aquário, onde chernes, tubarões, polvos, e outras espécies dominam.
As máquinas partidárias prepararam os seus caducos delfins, forneceram-lhe a imagem, os argumentos, os golpes baixos a infligir ao desafiante, a fim de convencer o povinho, da imagem pretendida, numa perfeita demonstração da venda do gato pela lebre, e como se irá comprovar em Janeiro, quem vai ganham será quem elegante e convicentemente fala, e sabe olhar para as câmaras, como o gato das botas, e não quem faz, discretramente, sem publicitar, anos a fio, aquilo que aos h'zinhos, decerto enojaria, lhes daria comichão aqui e ali, diarreias, cheiro de suor, e outras coisas que só um Homem consegue suportar.
(embora que se diga, serem os homens mais mariquinhas que as mulheres, mas isso são outrs quinhentos)

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