sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

oficialmente

Abriu por decreto a época de Natal. Abriu pelo calendário, pelo frio, pela neve, pelo espírito. Oficialmente estamos em período de sermos docinhos, de sermos bondosos, e caridosos, de todos aderirmos às causas, ajudar os desfavorecidos, vai haver emoção e comoção, e em muitos casos, aqui e ali uma lagriminha marota que se escapará, na emoção. Não faltam os apelos nos meios de comunicação, e as caras conhecidas, de sorriso e apelo de orelha a orelha - dê, contribua, arredonde. Muito me confortaria saber a raça humana assim solidária nos 365 dias que dura o ano desses, dos que precisam, os que têm fome todo o ano, dado de frio padecerão um pouco menos, mas apenas graças á obra de São Pedro. Custa-me a hipocrisia, e a caridade barata e publicitária, cheira-me a processo de adopção de pop-star, que não distingue uma criança de um cão de raça.
As verdadeiras obras de solidarieda, são feitas sem calendário, sem publicidade, sem holofotes. No terreno, nos bastidores, sem alarido, e sempre, mas sempre, sem olhar a épocas festivas. Os obreiros, esses são pessoas discretas sem qualquer fito de lucro pessoal e despojadas de algo mais do que não seja a verdadeira vontade de ajudar. A esses, um grande bem haja. Aos outros, o meu nojo. Porque afinal, Natal é sempre que o homem quizer.

2 comentários:

  1. Estou completamnete de acordo, como se precisassemos do calendario para sermos humanos. Em Dezembro sê solidario, bonzinho, em Fevereiro mostra que estas apaixonado, em Maio não te esqueças que tens mãe, em Junho lembra-te das crianças. Que cambada de oportunistas, isto é so negocio, para ver se nos tiram mais uns tostões do bolso!!!

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