sábado, 4 de dezembro de 2010

Consumo & Felicidade Lda

Um pouco na sequência do post anterior, não alinho nas tendências consumistas da época. No entanto, não dispenso nesta quadra, uma ou outra visita aos centros comerciais, porque me deleito com enfeites de Natal, gosto de ver as decorações, e não abdico, uma vez por lá, uma voltinha à Fnac, e à lojas de instrumentos musicais, quando as há. Esta manhã foi passada em parte, nessa agradável cusquice, e um galanço a um brinquedo, que não será, decerto adquirido nesta quadra, ficará em banho-maria, o sabor do saber esperar.
Em outros tempos, comprava, gastava, e só depois pensava - que depois até nem precisava assim tanto, ou nem era bem aquilo que afinal queria. Remediava, remendava. Com os tempos, e alguns rigores de(a) algibeira aprendi a reflexão simples, e prática, mas eficáz - será que é isto mesmo que queres? precisas mesmo disto? aguenta, e se não há certezas, nem ouses sacar do cartão.
Já na estrada, contatei que não gastei um tostão, que não trazia nada, nenhum saco de compras, com algo para supostamente me fazer feliz. E pensei, que alguns miminhos não me estragariam a felicidade, contudo, não me fariam (mais) feliz. Porque das coisas que aprendi com a vida, foi a ser feliz com aquilo que tenho. Simples, prático e eficaz. E afinal, tão de acordo com a austeridade, que se nos anuncia, assim que, pateticamente, se festeje(?) com excessos descabidos, a entrada em 2011.

1 comentário:

  1. :)
    Eu sou um falhanço total. Tive uma infãncia privada de brinquedos e lembro-me de um natal em que os meus pais apenas tiveram dinheiro para me dar um balão...que rebentou pouco depois de ser enchido...
    Agora tenho 2 filhos e tenho terror que lhes falte algo. Tenho medo que não tenham comida que chegue (encho a lancheira da minha filha até não poder mais), tenho medo que lhes falte roupa (têm roupa a mais), tenho medo que não tenham com que brincar (t~em brinquedos a mais)...
    Este ano tenho vindo a mudar...e a I., que é a mais velha, tem 7 anos...compreende perfeitamente e é a primeira a dizer que não quer isto nem aquilo porque a mãmã tem razão...temos de poupar e partilhar com os outros o que temos...uma delícia não é?
    Hoje vamos embrulhar brinquedos e livros(bons claro) para oferecer a quem não tem.

    Ainda tenho um longo caminho a percorrer...nisso da poupança...mas chego lá.

    :)

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