terça-feira, 14 de dezembro de 2010

emoções

Ontem reencontrei o FJ, um velho camarada de palcos. Não nos víamos desde uma desastrosa actuação de passagem de ano, a la minute, o que significa, quatro bacanos em cima de um palco a sacar os honorários sem sequer terem efectuado um ensaio. Não fosse a data festiva que depressa embriagou os foliões, e a natural falta de ouvido musical geral, e teriamos sido corridos, vaiados, e não pagos.
Destas e de outras aventuras, nos fomos lembrando, ele, que largou de vez os teclados, há meia dúzia de anos, eu, que me dediquei a outras formas de fazer a música.
Revimos, os locais, aqueles que nem figuram no mapa, as peripécias, as farras, as actuações, que tantas vezes eram o pretexto para tudo o mais. Um vai-vem de palcos e festas de norte a sul. Uma forma de ser feliz, fazendo os outros felizes, e ainda por cima regressar a casa com uns trocos no bolso. Um modo ímpar de praticar um turismo íntimo, visitando pequenos recantos, onde os naturais, só elegem alguns previlegiados forasteiros, ao seu desvendar.
A sós, revi novamente, os lugares, as pessoas, e fiquei grato. Grato à minha avó que de algum modo viu em mim aquele bichinho para a música. Grato a tudo e a todos os que me proporcionaram, todas as emoções, que sem a música não teria tido.
É caso para dizer, ou cantar como o Roberto - o importante é que de emoções eu vivi.
E continuo a vivê-las.

2 comentários:

Sputnickadelas