quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

ontem fui à Doutora


Ou a doutora, veio até mim.
Ao contrário do que foi entendido por aqui, a minha digressão é local. Não mais que tocar, nos habituais locais, só que, todos os dias. Ontem, a sala dos medalhões de vitela, estava repleta. Soube pela D.L que era o Centro de Saúde em peso. Médicos, enfermeiros, administrativos, invadiram a sala à média luz. Comento com a D.L que assim sendo, estaria presente a minha médica de família, pessoa que até ontem eu não conhecia. Diz-me a D.L, ela está aí sim, já lhe digo quem é, agora vá tocar que eles já estão comer.
E lá comecei a tratar da gente que nos trata da saúde. A empatia foi imediata, e na segunda música já tinha pessoal a cantar ao meu lado. A coisa foi de tal forma, que até houve baile, com direito a Cheira a Lisboa.
Lá para o final, algumas resistentes doutoras, de microfone em punho cantaram umas oldies que derivaram dos Beatles até ao Jobim, e terminou-se em beleza, no Chico Buarque. Na hora das despedidas, e dos agradecimentos de parte a parte, digo-lhes - esperem, preciso de saber quem é a doutora T, é a minha médica. E responde-me ela, cuja forma de cantar não me passara despercebida - sou eu. Houve gargalhadas.
E assim é a vida, como diz o poeta Vinicius, a arte do encontro. Estivemos ali a cantar umas quantas músicas, a trocar impressões sobre preferências musicais, e só no fim da noite eu descubro a "minha" doutora. Uma forma original, sem dúvida. E vai daí, continuou a conversa sobre MPB, clássicos, vinis de 78 rotações, Carlos Gardel, tensão arterial, e a promessa de uma consulta, nem que tenha de me constipar, e esperar quatro horas pela minha vez.

1 comentário:

  1. O pessoal da sáude é do melhor, eheheheh.
    E não é preciso constipares-te para ires à dr.ª eheheh
    Beijo

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