
As noites de sábado, no Taberna, muitas vezes acabam em italiano. Neste último, na ponta final da noite, depois de umas voltinhas pelo Nat King Cole, pelo Frank, Beatles, Chico e Vinicius, decidi desafiar o Giovani, empregado de mesa no Taberna, e provoquei-o com O Sole Mio, ao qual ele respondeu presto e, para regalo dos presentes na sala, ainda cantámos em duo l'italiano e Bella Ciao.
Com os clientes na rua, satisfeitos na barriga e nos sentidos, vem o Giovani fazer-me uma espécie de encomenda - se eu podia tirar uma música para ele cantar - o Non son degno di te.
E pronto, ontem lá estive eu a pesquizar na web o non son degno di te.
Como estas coisas são como as cerejas, do reviver da música fui parar ao filme, a preto e branco, claro, no Cinema S.Vicente, onde devorei tudo o que eram filmes do Gianni Morandi, os westerns, e tudo o que era cinema, da época. Da plateia e balcão do S.Vicente, viajei até ao Monumental, Império, Eden, Condes, Academia Almadense... e mais tarde ao Nimas, Quarteto, Apolo 70, onde assisti por 3 vezes o Fernão Capelo Gaivota, um dos meus filmes de estimação.
Não haviam as pipocas e refrigerantes de agora. Namorava-se muito no cinema. Ir ao cinema era um acontecimento. Em TODOS os sentidos.
Após o revivalismo ficou decidido - sábado, o rouxinol napolitano cantará o Gianni Morandi, em Re Maior, e esta semana vou saborear outra vez o Cinema Paraíso. What else?

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