quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Música - Arte Mutante

Das diversas formas de arte, tais como a escrita, a pintura, ou a escultura, a música é a única em que muitas vezes, podemos modificar o seu original e se não a melhoramos, no mínimo transformamo-lo. Ninguém se lembraría de pegar num soneto de Camões e fazer-lhe uma versão, porém, podemos pegar numa música e vesti-la de novas roupas, respeitando os acordes e letra originais. Encontramos um exemplo na versão que os Xutos fizeram do nosso clássico do cinema Minha Casinha.

Sou, talvez conservadoramente demais, fiel a todas as versões originais, ou melhor, às que escuto primeiro, e às quais me acostumei mais. Um dos casos em que me sabe bem ouvir ambas as versões, é a do tema She seja pelo Elvis Costello, ou o original do Aznavour. Cantá-la, é outro clímax. Porém, dá-me particular gozo e curiosidade, ouvir e até criar versões, ou simplesmente mudar de guitarra na mesma música.

Modificar uma melodia, um ritmo, um estilo pressupõe, na minha opinião que se navegue, mas nunca esquecendo o porto de abrigo, o original.

Por isso me agrada tanto navegar na minha rádio favorita, onde habitualmente passam saborosas versões, a Marginal. 98.1.

Outras audições dos não originais que me sabem bem, vêm da MPB, onde podemos escutar, a Simone a cantar Ivan Lins, o Fagner a cantar Simone, a Ana Carolina a cantar Chico, a Bethânia a cantar Roberto Carlos, a Rita Lee a cantar Beatles (um CD do caraças), tudo isto numa plena e mutante harmonia.

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