Dou uma volta pelos eventos em muitos locais nocturnos, e tristemente me deparo com uma esmagadora maioria de anúncios de noites de êxtase karaokiano, em prejuízo da música ao vivo.
Mais uma vez o país especial que somos se demarca do seio onde se insere, a UE. Somos mais fâns do sucedâneo de sardinha assada de um dia para o outro no grelhador eléctrico, que da sardinha assada na hora e na brasa.
Por vezes penso que temos um povo tão culturalmente estúpido, que não merece sequer dizer que partilha da mesma nacionalidade de (por exemplo) Carlos Paredes (invoco CP, porque hoje é dia especial, haveria tantos e tantos para enunciar...).
Receio, pelo que vejo e vou sentindo nas minhas noites de música, que este povo esteja a resvalar rápida e perigosamente para uma incultura musical ao nível da idade média.
Não sei se alguém já reparou que 99% de quem ?canta? nos karaokes está bêbado, ou em vias de. O que quer dizer que a aberração é um escape para as frustrações quotidianas.
Salvem-se os que sabem, e aplaudem o músico.
Salvem-se os que dão conta do logro em que consiste a fanKaria, e acordam.
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Sputnickadelas