terça-feira, 30 de julho de 2013

o Império dos sem sexo


Foi deveras estranho, este programa a que assisti, baralha-nos as ideias, os conceitos, as fronteiras, deixa-nos perante o dilema e o direito à s escolhas. Se aqui há anos, a minha avó ouvisse dizer que as pessoas do mesmo sexo, teriam o direito a ter filhos, ficaria de boca aberta dizendo que isso seria contra natura e impossível. Ao assistir a este programa, não se abriu a boca, bem como todas as possibilidades são... possíveis. Espreite-se aqui.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Papacabana

Tenho por princípio, respeitar as ideias dos outros, e as suas convicções. Tenho direito recíproco, bem como julgo ter direito a questionar, não mais que as palavras e as crenças que outros, eles mesmo, escrevem e defendem.

Não, não são influências de Saramago, dado que assim sou desde que fui tomando contacto com quem prega, com a Bíblia, com as aulas de religião e moral.

E a minha questão é simples, embora em jeito de conclusão - se Deus é omnipresente, onde estava nos momentos das tragédias de Compostela e de Nápoles? Estaria pois a omnipresença tão concentrada em Copacabana, que não chegou o manto para tudo? Curioso (dado que a igreja está cheia de mitos) que ambos os acidentes têm o seu q de ligação religiosa.

Quem sou eu para questionar. A força de Copacabana é forte, afinal o papa não arredou pé da princesinha do mar. Creio que mais uns dias por lá, e veríamos o santo padre trajado de sunga celestial, a bebericar uma caipirinha, com gelo de água benta, e a pedir licença a Iêmanjá, para entrar nas atlânticas águas.

Assim é Copacabana. Arrebatadora. De santo forte. Sei do que falo, pois já lhe pisei as areias.

domingo, 28 de julho de 2013

Muqueca, à moda de como sei e gosto

No fundo, azeite qb, picante e sumo de limão.  Cebola, alho, tomate, pimento, coentro e óleo de palma. Deixar apurar.

reservar o peixe, de posta, miolo de mexilhão, camarão descascado, cogumelos e mais coentros.

Quando apurar, juntar leite de côco, e os cogumelos.

Colocar as postas de peixe temperadas com sal, tapar e deixar cozer em lume brando.

Adicionar o miolo de mexilhão

Juntar o camarão e o resto do coentro. Et voilá.
(acompanha com arroz)


sexta-feira, 26 de julho de 2013

com os azeites

Habitualmente, levo as considerações pela desportiva, com uma pitadinha de humor à mistura. Hoje, ele apanhou-me de nortada, ou dizendo de outra forma, com os azeites.

Conheço-o e conheço-lhe da vida e dos seus o suficiente para poder esgrimir observações. Aparentemente nem morremos de amores um pelo outro. Passa por mim e diz em tom sarcástico - a trabalhar? ainda? com essa idade? - Meu caro, se a saúde me permite, seria um crime e pecado não trabalhar. Sabendo que o sujeito se reformou de tenra idade, pouco depois dos 50, de uma comoda posição militar, e sabendo-o adepto fervoroso da igreja, dei-lhe ali duas cajadadas, a avaliar pela resposta - olhe que eu trabalhei durante muitos anos, e não é pecado estar reformado. O senhor lá sabe retorqui mas para qualquer lado que me vire vejo tanto homem válido na condição de inválido remunerado que penso que este país não aguentará sustentar tanta gente merecedora. Resposta -ah, já vi tudo, o meu amigo está com medo que quando chegar a sua vez já não haja para si. Tive de rematar - já estou conformado com esse cenário, e pergunto-lhe se o amigo está ciente que aquilo que come agora, irá faltar aos seus filhos e netos. Pense lá um bocadinho, e depois vá-se confessar.

Seguiu de bolsos cheios pelas mãos descalejadas, de nada fazerem. Fiquei eu a dar seguimento ao meu trabalho. Eu e os meus azeites.

Creio que não tornaremos a dialogar.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

habemos

Habemos papa. Cerelac.

terça-feira, 23 de julho de 2013

fanKaria

Dou uma volta pelos eventos em muitos locais nocturnos, e tristemente me deparo com uma esmagadora maioria de anúncios de noites de êxtase karaokiano, em prejuízo da música ao vivo.

Mais uma vez o país especial que somos se demarca do seio onde se insere, a UE. Somos mais fâns do sucedâneo de sardinha assada de um dia para o outro no grelhador eléctrico, que da sardinha assada na hora e na brasa.

Por vezes penso que temos um povo tão culturalmente estúpido, que não merece sequer dizer que partilha da mesma nacionalidade de (por exemplo) Carlos Paredes (invoco CP, porque hoje é dia especial, haveria tantos e tantos para enunciar...).

Receio, pelo que vejo e vou sentindo nas minhas noites de música, que este povo esteja a resvalar rápida e perigosamente para uma incultura musical ao nível da idade média.

Não sei se alguém já reparou que 99% de quem ?canta? nos karaokes está bêbado, ou em vias de. O que quer dizer que a aberração é um escape para as frustrações quotidianas.

Salvem-se os que sabem, e aplaudem o músico.
Salvem-se os que dão conta do logro em que consiste a fanKaria, e acordam.

Papa Rambo

Tem tido este recente papa a característica de mostrar algumas diferenças em relação aos seus antecessores. Por enquanto tem sido, como se diz, só para "aparecer", dado que sair do protocolo e fazer umas gracinhas, beijar umas criancinhas, lavar uns pés, ou dar uma sandocha ao guarda, não significa nada perante as verdadeiras atitudes que um homem à frente do poderoso e riquíssimo Vaticano, poderia tomar, se realmente quisesse mudar alguma coisa. E tanta coisa há para mudar...

Fazer uns bonitos no Vaticano é uma coisa, fazê-los cá fora, numa visita oficial a um país a fervilhar, colocando em causa o trabalho, a responsabilidade e o dinheiro dos outros, é no meu ver, um acto acriançado, e de falta de repeito para com os outros. Diria até, para com a igreja que representa.

Este papa foi ao Brasil, a negócios, ou seja, os católicos perdem a olhos vistos, a cota do mercado divino para os evangélicos. Não creio que estes tiques de irreverência de miúdo rebelde lhe tragam dividendos no campo da adesão. Não é por trocar as voltas ás milhares de pessoas que velam para que ele não se encontre com uma bala perdida, coisa tão vulgar no Brasil, e por andar de descapotável que os devotos se renderão aos seus encantos aventureiros. 

Espera-se pois, que na próxima visita oficial, o papa se lance do avião papal, de para-quedas e naifa no atilho.


segunda-feira, 22 de julho de 2013

burros

Leio na visão desta semana um interessante artigo em jeito de alerta, assim um tipo, pssssssstt, para quem está distraído - É que o Cavaco já nos impinge a sua presença há 30 anos. Pois, 3 décadas. E diz sempre que não, que talvez, que não sei, que vou embora, que não me meto nisto, nem naquilo, mas está ali de pés de chumbo, a não fazer nada de útil para nós. Tudo isto acontece porque ao contrário dos burros, os tugas, não os têm no verdadeiro lugar de forma a banir gente imprópria para os governar. Somos (os que votam nesta parda maioria dos que lá estão, e neste caso corrijo: são) um bando de burros, com a agravante de que para além de não os terem no sítio, são, burros mansos e apáticos, como se comprova hoje, um dia após mais um exercício ao nada, protagonizado pelo senhor das selvagens, das cagarras, das vacas que riem, dos milagres de fátima, e do raio que o parta.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

de passagem - stairway to heaven


Quando se diz que alguém possui um quadro, seja ele valioso ou não, a afirmação é errada. Claro que o quadro valioso tem todas as chances de longevidade, dado que lhe foi atribuído... valor. De facto ninguém é dono da tela, mas sim a tela é dona de alguém, dado que quando esse alguém decide transmitir a suposta posse, ou simplesmente morre, a tela muda de mãos. De dono? Talvez de fiel depositário seja a melhor designação.

As minhas "telas" musicais, leia-se ídolos, estão a envelhecer.  As suas obras não. Eu acompanho-os no processo. As obras, as guitarras, essas vão escolhendo os seus donos pelos anos fora, dado que se diz, que quando cantamos uma canção, nos apoderamos um bocadinho dela.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

in the barrio

Quando o bairro social foi inaugurado, entrei no seu interior. Os acabamentos, e os materiais aplicados, eram bem melhores daqueles que eu conhecia na minha casa. Tudo isto foi criado não muitos anos, a favor dos carenciados. Melhor explicando deram-se aquelas casas a famílias que supostamente não tendo condições de adquirir morada, para ali entraram sem gastar um tusto. Tusto esse, melhor explicando também, retirado sempre do mesmo bolso. O nosso.

Hoje, torno ao local, onde encontrei aquilo que já me acostumei observar. Poucos vidros inteiros, portas arrombadas, ou simplesmente arrancadas, sistemas eléctricos vandalizados, paredes deitadas abaixo, enfim um cenário digno de guerra, para não falar do cheiro, porque apesar de dotadas de origem, de dignas casas de banho, a malta parece preferir defecar nas escadas.

Bárbara forma a desta gente, de ter prazer em destruir. Por mais que doa a certas sensibilidades boazinhas, existe gente que não merece qualquer espécie de ajuda.

No entanto, não obstante, o medonho cenário, não deixam de existir grandes plasmas, e potentes sons em muitos dos aposentos, bem como algumas "bombas" de 4 rodas estacionadas nas ruas do bairro. Mas isso...


sexta-feira, 12 de julho de 2013

ele há coisas

Poucas vezes ouvi esta música. Não me diz mais do que ser uma boa canção. Não existem laços com nada do meu passado, do tipo, esta música traz-me lembranças. Nunca a tentei tocar. Não  escutei recentemente. Nunca me preocupei em traduzir a letra, apenas lhe sei a melodia. E desde ontem que não me sai da cabeça, por mais que eu a tente desligar. Será algum recado do meu sub?

ao vivo é sempre outra coisa

Pois, mas há que ter precaução na escolha, é que existem albuns duplos, e como muitos regressos ao palco...

o Vilhena

Eramos putos para aí com 9/10 anos. No sótão do T, o seu pai escondia uma considerável colecção de livros do José Vilhena. Tinham estes livros a particularidade de, entre textos de humor brejeiro, e também de sátira política, serem ilustrados. O Vilhena brindava ao seus leitores com ilustrações desenhadas pelo próprio, que fizeram as delícias de muito jovem, e adulto. Dado que a invasão de publicações eróticas e pornográficas, só apareceu após 25/04/74. A mulheres apareciam-nos deliciosamente pouco vestidas, com pernas, seios e etecéteras a transbordar.

De início, levava às escondidas um livrinho que o meu amigo T me emprestava à socapa, não para o ler, mas para o ver. Mais tarde, venho a apreciar o modo inteligente e mordaz da escrita deste (mais um) mal amado da literatura lusa.

Digamos que Vilhena, para além de ajudar a aliviar uma adolescência reprimida, contribuiu por tabela para o interesse na leitura para lá das histórias aos quadradinhos, e porque não na política. Porque quando se lê, aprende-se sempre qualquer coisa.


quinta-feira, 11 de julho de 2013

minha praia

Um retorno em dia de pausa, a uma das "minhas" praias. Na verdade, tenho duas praias que sinto como minhas. Decerto outros dirão o mesmo, no que torna as minhas praias assim como uma espécie de condomínio de proprietários virtuais, com a particularidade de não sabermos quem são.

Na ausência de sol valeu a maré baixa que me deixou apanhar gordo mexilhão. Valeu também o desfrute de não ver vivalma quase até à hora de partida. Valeu mais um avanço nos Cadernos. Valeu acima de tudo um frente a frente comigo mesmo. Estava mesmo a precisar de conversar cá para dentro. De arrumar ideias.

Pena, foi o sol...

quarta-feira, 10 de julho de 2013

em absoluto


Em absoluto. Isso e muito mais, sem ....as.

terça-feira, 9 de julho de 2013

modernices

Que a malta case e descase, não tenho nada contra. Para sempre, são os pais e os filhos. No restante, não há nó que tenha de durar para sempre, só porque sim. 
Aceito a separação como uma situação normal. Ver as novas conquistas de um casal acabado de se separar ao cabo de uns vinte anos, escarrapachadas na rede social, não me parece bem. Parece-me infantil, imaturo, e de baixo nível.
Piora a coisa se considerarmos que tendo o ex-casal em questão perfis na rede, bem como os novos companheiros, bem como os filhos de todos, bem como os amigos de todos e de todos, e porque tudo pode ser visto por todos. Porque se está na net é para que se veja, acho que tudo resulta numa espécie de bacanal promíscuo facebooquiano.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

como fazer um golpe de estado à sacana ou uma questão de %s



Partindo da realidade que apenas 11,7% dos votantes nas eleições  de 2011 queriam paulo portas no governo, chegamos à conclusão óbvia de que 88,3%, não o queria.

Astuto, e manhoso, este ex-jornalista, e também ex de Manuel Monteiro, usou da mesma receita usada com aquele português ( não sei se ainda o é, mas também ex do portas) de nome barroso.

Com os dois pés de novo no governo, foi relativamente fácil esperar o esperado, que passos e seus fracos jotinhas, fizessem merda. E de facto, quem tem amigos como relvas e gaspar, escusa de ficar descansado. 

Eis que de novo, paulo usa do seu charme, e manieta, com os seus fracos 11,7%, os 38,65% de passos, sendo certo que os 50,35% de  ambos em 2011, hoje não valerão mais de uns 35%, cabendo ao portas quanto muito, uns 6%, dado que este comprador de submarinos, salta-pocinhas, já não deve captar votos nem que faça o pino na Praça da Ribeira.

No que resulta que, no presente momento, quem tem o poder no governo de Portugal é um ser, que não tem mais do que uns míseros por-centos de apoio (lido no inverso, perto de 100 por cento não o quer, nem nunca votou nele), e aparentemente, para ser coerente com ele mesmo, o presidente da República, aceita. O que quer dizer que concorda. O que quer dizer que os resultados eleitorais, como se demonstra não foram respeitados. A vontade popular foi vítima de uma tomada de poder, por alguém que há muito tinha premeditado o golpe. Que dirá o novo vice sobre os acontecimentos no verão quente de 75?

Não sei se iria adiantar alguma coisa, ao desfecho deste acto palaciano, mas gostaria de escutar as palavras da Mulher que muito admiro, a Mãe de paulo, e Mãe de Miguel, sobre este caso insólito, aparentemente coberto de legalidade, mas totalmente ilegal e nada democrático. Porque para calar ou dizer que sim como aqueles cãezinhos de feltro que se passeavam na redoma do vidro traseiro dos carros dos anos sessenta, já nos chega o presidente.



PPD/PSD
Partido Social Democrata

38,65%
2.159.742 votos

Mandatos
108
PS
Partido Socialista

28,06%
1.568.168 votos

Mandatos
74
CDS-PP

11,70%
653.987 votos

Mandatos
24
PCP-PEV
CDU-Coligação Democrática Unitária

7,91%
441.852 votos



Mandatos
16
B.E.

domingo, 7 de julho de 2013

eu não disse?

Ó pra ele a ensaiar o assalto ao poder. O que dizem os teus olhos, pauldoors?

animais nossos amigos II

O Dunga já apareceu por aqui. Tem o péssimo hábito, este cão, de roer e engolir coisas tais como meias, chinelos e palminhas. Não se pode estar desatento perante tamanho vício.
Ontem foram parte de dois chinelos. Houve que provocar-lhe vómitos imediatos ( com uma solução de água com água oxigenada, injectada pela boca) para que o Dunga devolvesse os restos dos chinelos em pedaços.
Porque antes já ele engolira duas meias, o que provocou uma intervenção daquelas que até a tripinha tem de ser cozida.
A ver pela foto junta, o Dunga goza de boa saúde. 

Animais nossos amigos I


Já os vi em cativeiro, nos ambientes temáticos. 
Já os vi em habitat natural mas "pró turista", em Cuba e no México.
Já os avistara ao largo do paquete Império quando viajei para África com o meu avô.
Mas vê-los ali mesmo à minha frente, no Meco, não estava nos meus planos. Minto, estava naquelas remotas esperanças do tipo, talvez chova, então levo o chapéu de chuva. 
Via no face algumas fotos que diziam haver golfinhos nas águas do Meco. Just in case, artilhei a máquina de objectiva a condizer e guarde-a na mochila. Amador que sou, deixei-a por lá, até ouvir a malta à beira mar - óhhhhhhhhhh, ahhhhhhh, olha ali, olha mais dois...
Entre o espaço de olhar, e pensar em desencantar a máquina nos confins da mochila, ligá-la e focar, ficou isto. E ficou muito bem. O resto fica na mente.

Meco, para que te quero



E é isto.
O Meco enche sim, mas não transborda. O acesso é óptimo. O estacionamento é organizado (leia-se, não é selvagem). Entrar na água, isso são outros 500, mas uma vez lá dento, tão depressa não se quer sair. Desde que se tenha a vontade. Como em tantas outras coisas na vida.

sábado, 6 de julho de 2013

escolhas

Hoje relembrei-me porque é que estando a praia da Fonte da Telha, aqui tão perto, eu prefira os destinos do Meco...

sexta-feira, 5 de julho de 2013

vontades



Nunca deixei de ter vontade de tocar. Confesso que já houve momentos, raros, em que em pleno acto, me digo, entre a concentração de não perder o fio à meada da letra e dos acordes - mas o que é que estou eu aqui a fazer? Isto pode acontecer perante um público difícil, e até hostil. Nesses momentos, ferve-me um brio que me faz aplicar-me ainda mais no tema que estou a tocar, e por vezes, resulta, na chamada de atenção. 
Hoje, e creio que amanhã também, a vontade de tocar é tanta que não vejo a hora de iniciar as lides. Até porque levo algumas novidades para estrear. E porque não tudo isto regado pela bela sangria, dado que é bem servida nas duas casas onde vou dar música. No final de uma semana escaldante, com notícias impossíveis sobre a política - eu mereço.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Deviam levar porrada

Se é que se pode chamar de homem a estes seres: vêm estes homens tomar conta dos destinos das pessoas, sabem os danos directos e colaterais que vão provocar pelas suas cobardes desistências quando os ventos não lhes correm de feição, e depois saem de fininho para abraçar um qualquer cargo muito bem remunerado, ou retiram-se para meditação filosófica. Já não há paciência para esta cambada de estrume que temos de gramar nos noticiários, e pior, no definhar da nossa precária decência de viver, dado que, qualidade de vida, já é passado. O outro foi cuspido, e depois? No mínimo devia levar com um pano encharcado nas trombas. A este da fotografia, sei o que se lhe devia fazer, mas este blog tem limites a respeitar. Espero que os 42 graus não desviem as atenções sobre o acto criminoso destes senhores, que com as suas birras mariquinhas acabam de mandar abaixo o esforço de dois anos. Um esforço imposto, forçado, ao qual estas coisas não sabem sequer entender-lhe o valor, dado que nunca lhes faltou nem faltará o cu aquecido. A sério, se tivesse a ocasião, dava um bom par de estalos a alguns tipos da política, e depois cuspia-lhes em cima. Porque o respeito é recíproco. 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

(da) imagem da alma (no momento)

Atentemos com rigor e minúcia, nas expressões captadas (não gosto do termo congeladas) nas fotografias. Mesmo não conhecendo o artista na foto, podemos avaliar um pouco do ambiente no momento da captura. O rosto, se não comandado por uma directriz interna,  ou seja, espontâneo, dá-nos uma boa quantidade de informação sobre o estado emocional do fotografado. Como olha, se olha, para quem olha, se de soslaio, se é olhar cúmplice, malandreco, ou envergonhado, e talvez não. Confiante, desconfiado, triste, melancólico, com vontade de.. O olhar diz tudo aquilo que escusamos de perguntar. É como se fosse uma radiografia da emoção. Se vai directo à câmara aí permite algum vislumbre de cumplicidade com quem bate a foto. Num segundo plano a boca torna-se também delactora, embora em porção menor, dado que como todos sabemos os olhos são o espelho da alma. Por mais que o digam não ser. A boca funciona como uma continuação do olhar, e tem de estar em sintonia, digamos, harmonia, para que a foto não desafine, e nos diga o que queremos saber, ou eventualmente, o que não quereríamos ver. Entretenho-me por vezes neste exercício, o de observar as expressões, de fotos , à toa, dado que não sou apenas amante dos detalhes em fotos bonitas.

mais um bom filme, ou um filme bom

Também viajamos nos filmes. Para além de um bom argumento, se a acção do filme se passa naqueles destinos inatingíveis, e a sensibilidade fotográfica estiver lá, então é a perfeição. Tal como num filme que recentemente vi - as filhas do botânico - esta exótica obra, retrata para além do tema principal, uma Índia tal como eu imagino que seja.

Se já temos muitos boas sensações ao ver um filme em 3D e surround, falta agora a inclusão de técnicas que nos tragam os cheiros e os climas das imagens. Aí sim, estaremos dentro do filme. Sem complicações e sem jet leg.

terça-feira, 2 de julho de 2013

discretamente...

Ao cabo de tantos anos após a revolução, os sucessivos saques feitos pelos ditos democratas, a um povo adormecido por cinquenta anos de atraso, conseguem fazer grande parte das pessoas pensar que na prática, Salazar era mais amigo do povo, sendo fascista e simpatizante nazi, do que estes novos exploradores. Grande conhecedor da obra e pessoa do ditador, com provas dadas na extinta publicação O Independente,  paulinho submarino, deverá estar à espera do momento certo para uma tomada de poder, assim como se um salvador da pátria se tratasse. E certamente garantirá  mais apoio que o esperado, por via a inação de uns e incompetência de outros. Será a cereja no topo do bola da ambição de poder que sempre norteou este filho mais novo de uma senhora que muito admiro.  

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Amesterdão VI

Há quatro 2ª-feiras atrás tirava eu esta foto. Parece que passaram meses. Se pudesse enumerar contra indicações acerca de viajar, apenas me ficaria pela ressaca provocada pela nostalgia. De resto são tudo benefícios - desde a vontade de repetir, porque ao contrário do que alguns afirmam, podemos e devemos sempre voltar aos lugares onde fomos felizes. Por mim, repetia já hoje, literalmente tudo, e mais um pouco; à vontade de experimentar novos locais, seus cheiros e alma.