quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Outono troika

Difícil o exercício de viver este Outono, saborosamente, recapitulando os mimos, os rituais e hábitos do costume. Não porque se tenha perdido o apetite à água-pé, à castanha assada e à batata doce. Não porque se tenha perdido o prazer de escutar uns clássicos ou uma música mais cool. Muito menos a vontade de vaguear por trilhos incertos, onde somos nós e os nossos pensamentos, ou a visita às praias agora desertas.
Creio até que estes apetites se avivaram, que estão à flor da pele. 
O difícil é desligar por momentos da constante e presente incógnita de como vai ser o amanhã, a próxima semana, o próximo mês, o ano que vem, porque as previsões já eram, e muito menos as certezas.
Não queria viver neste estado de ansiedade, como diria Variações. Confesso que tento desanuviar, e por vezes a coisa até se vai conseguindo, mas basta-me escutar um político, um comentador, um bancário, e volta tudo à estaca zero.

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