domingo, 14 de outubro de 2012

o silêncio dos culpados

Penalizo-me em parte por não rumar à manifestação de sábado, dado que existe o compromisso musical de fim de semana que me impede de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Considero vital toda a forma de contestação e luta contra os sucessivos saques a que estamos sujeitos. Considero uma obrigação de cada um que não se conforma em deixar de ter dignidade de simplesmente viver, ao fazer barulho, ao manifesto, qualquer que seja a forma. Há que incomodar, por enquanto pacificamente, pois no futuro, não se sabe se assim o será, porque os comportamentos humanos, em desespero, são imprevisíveis. E como diz o outro, perdido por cem...
Aos que calam, a todos os que assobiam para o lado, aqueles que por cobardia, ou acomodação, não abrem a boca, o meu desprezo. Tolos que são, pensando que, no futuro, no mínimo os seus não sofrerão as consequências. Culpados portanto, os calados. Porque os perdidos por cem serão cada vez mais, e certamente algo sobrará para cima dos ditos, os que calam.
Depois, existe uma outra espécie, os que estando confortavelmente instalados em bons salários, rendimentos e reformas, se fingem muito preocupados e indignados, mas isso é outra história, que faz lembrar o pós 25-Abril, onde muito vira-casaca, trocou o emblema na lapela.

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