segunda-feira, 7 de maio de 2012

se tudo fosse assim tão simples...

... ou tão fluído. Quando me propus executar o tema solamente tu do Pablo Alboran, disse-me dezenas de vezes, não ser capaz. O tema é por demais íntimo e pessoal, dotado de um cunho único, que só o autor consegue transmitir. De tanto o gostar, de tanto o escutar, entrou-me cá dentro. Decorei-o. Senti-o. Existe uma grande diferença entre tocar e cantar sentindo, e o exercício do mesmo acto, apenas no plano da execução mecânica, termo que detesto, usado pela SPA. De tanto cantarolar e tocar, apresentei-o em prova real, a medo, não me fossem falhar os floreados da voz, o sotaque, os dedilhados, as transposições. Ganhou o sentir. E quem escuta nota a diferença. Saiu tão bem, que houve direito a bis. Atrevo-me agora em outras águas, na calha estão Zorro do António Zambujo, e anda comigo ver os aviões dos Azeitonas. O prazer de aprender com êxito é algo de muito gratificante. Surpreende até a forma com que as portas da harmonia se vão abrindo, como se abrem os caminhos dos segredos do corpo da mulher que sentimos. Se os outros poréns da Vida, fossem assim tão simples de conquistar...

2 comentários:

  1. :) Tudo o que fazemos sentido tem outro valor. Quanto à música que referes, confesso que não simpatizo particularmente com ela. Não sei porquê, mas não simpatizo. Já António Zambujo e Azeitonas, bom, desses poderemos falar mais vezes :)

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  2. então já temos dois temas de conversa :)

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Sputnickadelas