terça-feira, 15 de maio de 2012

dó-ré-mi

Estranham pessoas de outras paragens desta nossa europa, este cartaz, porque inconcebível lhes parece que o tão auto-apelidado país modernaço, subtraia da educação dos seus infantes uma arte tão rica como a música. Não se pretende que se formem  legiões de músicos. Pretende-se que a música contribua para o enriquecimento, sensibilidade e equilíbrio geral do ser em formação. Na prática, somos um país que não dá muito valor aos que têm valor, sem que este, o valor, seja primeiro reconhecido, para nossa vergonha, por outros povos. Dulce Pontes, Madredeus, Marisa, são disso um bom exemplo. Se avaliado o reconhecimento mundial ao génio Carlos Paredes, comparado com uma quase apatia nacional, é caso de arrepio. Grandes valores por aqui vão fazendo excelentes trabalhos, gente nova que consegue públicos fieis, nichos núcleo-duro, onde garantem razão para continuar, mesmo que as rádios e as tv's lhe façam vista grossa. Somos um país, onde a esmagadora maioria das gentes consome resmas de pimbalhada, kuduros, kisombas, karaokes, e tonis com os seus descendentes. Não devia de ser assim, mas é. Aprendesse a malta alguma coisinha de música nas escolas, e outro galo cantaria.

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