segunda-feira, 14 de maio de 2012

Big Negócio

Se tenho de ir buscar alguém ao aeroporto, fujo daquelas tarifas escandalosas, dos seus parques de estacionamento. Uso uma prática táctica. Na área de serviço ali bem perto, estaciono no parque da casa que vende hamburguers e espero o telefonema. Foi o que aconteceu hoje. Liga-me a filhota - já aterrámos. Certo, respondo, liga-me outra vez quando tiveres a bagagem de porão, coisa que, não raro,demora mais que meia-hora. Durante a minha permanência naquele local não pude deixar reparar num arrumador de carros, que nem precisa de dar dicas, tão grande é o movimento de sai e entra carro. Mas ele não se perde, ataca com vigorosos gritos acompanhados de gestos aos automobilistas, que, antes ou depois de comerem o hamburguer, lhe depositam uma moeda na mão. Naquele espaço de tempo, fui-lhe contando as gorjetas. Se nos dermos ao trabalho de elaborar um simples cálculo, baseado no horário praticado, o fluxo de carros que entram e saem, e a presunção de que cada moeda tem o valor de um euro, chegamos a um número digno de espanto. E tudo isto livre das garras do fisco, a aos olhos dos funcionários da casa que vende hamburguers. 35 minutos se passaram e contei uma vintena de moedas que passaram de mão. Mais não contei, porque me ligou a filha.

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