quinta-feira, 9 de maio de 2013

quando o passado nos telefona

Por vezes, sabemos que temos algo que não abona a favor da pessoa, mas esse algo está tão arrumadinho nas gavetas das nossas recordações, que, ou nos lembramos mais tarde, ou nunca nos chegamos a lembrar. Esta é a situação em que dizemos: não sei porquê, mas não gosto deste gajo.

Ao fim de uns 40 anos, liga-me um gajo. Sou o T, não te lembras? E foi instantâneo. Tudo está gravado, porque existem cenas da nossa vida que não esquecemos. Nem perdoamos.

Como poderia esquecer, que um tipo que conquistara a minha amizade no Liceu, com o qual partilhei músicas, lhe dei estadia nas férias, na colónia da Fnat, na Caparica, na hora da partida, me deixou meio desconfiado, ao olhar-lhe a mochila, gorda em exagero. Pudera. O meu amigo T, acabara de me roubou metade dos discos que  eu levara para férias.

Com tanto colega no Liceu, logo me havia de ligar este.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Sputnickadelas