domingo, 22 de abril de 2012

Legs

As conversas são como as cerejas, já o sabemos. De passeio errante por trilhos da Arrábida recebo uma chamada de alguém que pode fazer o que fez - estou entre o Algarve e a tua casa, arranja aí qualquer coisa para petiscar, que mais uma horinha e picos, estou aí. Amigos não se questionam, e por isso, apresso o passo, a fim de não decepcionar o meu faminto amigo. Após o repasto de acordo com os meus modestos dotes de  chef , a conversa andou por ali aos tombos, fruto dos meses em que não a punhamos em dia. Na tv passava a VH1 classic, coisas dos anos oitenta e noventa a condizer com os cinquentões presentes. E eis que se exibe na nossa frente um compacto da Tina Turner, em plena forma, quer vocal, quer física, e ali se levantou a celeuma - que necessidade teria a Tina de mostrar as belas pernas, já que os seus dotes vocais e garra de animal de palco eram de sobeja suficientes para garantir fama? Simples, comentou-se, ela quer(ia) apenas exibi-las, como qualquer mulher que sabe que é boa e necessita chamar as atenções. Contestam outros, porque o argumento é mais que óbvio, o que é bom é para se ver, e se a dona as despe, é porque gosta, e gostando, seja qual for o motivo, há que exibir sim senhor, já que o sol quando nasce é para todos. Porque o lado lunar, esse é-o apenas para quem o mereça alcançar. No resumo ficou aquele conceito, tão de macho, como de verdadeiro - se a perna está ao léu, a dona sabe porquê. Depois vieram os video-clips dos Queen, e lá se foram as teorias das pernas. Em tempos de Abril, arrisco o improviso - a perninha é uma arma, eu não sabia.


Sem comentários:

Enviar um comentário

Sputnickadelas