quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Invasão silenciosa



Em tempos em que os apelos aqui pelo burgo visam o producto nacional, ao mesmo tempo em que se vendem ao desbarato os nossos anéis, calhou-me almoçar com ilustre personagem da nossa terra, acostumado a viajar por este mundo, particularmente ao país do arroz chau-chau. Identifica-se este meu amigo com os usos e costumes daquelas gentes, com os seus métodos de produção, de negociar, de estar e de viver. Conhece-os bem, e entende-lhes a forma de actuar. E é sem qualquer dúvida que me afirma estarmos nós, portugueses, bem como os restantes europeus, à mercê dos suspiros de uma civilização que pouco ou nada tem a ver com a nossa. Para agravar a situação, estes, não nutrem por nós, europeus, grande estima ou admiração. Entendem-nos como parasitas, preguiçosos e arrogantes. Destas paragens gostam dos monumentos e dos carros marca de topo. No restante a táctica é simples: comprarem-nos. Não é nada que já não se soubesse, mas escutado de quem há vinte e tal anos, visita aquelas paragens uma boa meia dúzia de vezes ao ano, faz muita diferença. Toda. Porque este, ao contrário de outros, sabe do que fala.

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