segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

In


O portuga é mesmo assim, não há nada a fazer. O Fado agora está in. O Fado agora é que está a dar. Desde já aqui assumo que, nada contra. Antes pelo contrário, apoio tudo o que contribua para dignificar aquela que já foi a canção maldita, a canção dos vadios, das rameiras, a canção do regime fascista, porque afinal, o fado é a definição da pura e simples do ser português. É fácil hoje gostar do Fado, ou fazer-se passar a ideia que se gosta do Fado, tal como do CR7, do Mourinho, ou da Mariza, menina que, não esqueçamos só teve créditos no seu país, o do Fado, depois do reconhecimento fora de portas. Diziam por aqui que a pretensa fadista, não tinha perfil de, fadista. Uma vergonha. Quem se dá ao trabalho de vasculhar estes meus escritos neste cantinho, constatará a minha devoção ao Fado, que nada tem a ver com a moda. Escuto, toco, canto e sinto o Fado, Sinto-o desde que o escutava das bocas das minhas avós que os cantarolavam, nos seus afazeres caseiros, ou na telefonias em onda média. Da sua história, do Fado, me inteirei, lendo as narrativas das origens, das danças, dos cantos, das gentes, e dos instrumentos do Fado. Gostar-se do Fado, é muito mais do que uma moda a reboque do mediatismo. Como em outros amores, há que amar em silêncio, e em continuidade. A coisa tem de vir de dentro. Há que viver os pequenos e os grandes momentos com a mesma intensidade, e sentir os seus detalhes. Aí sim, podemos sentir, gostar e respeitar o Fado, com a responsabilidade que nos cabe, porque o Fado embora sendo uma recente aquisição de património mundial, continua a ser acima de tudo, nosso, e só nós o sabemos sentir, tal como um brasileiro sente a sua bossa nova. Contudo e acidentalmente encontro-me in. Eu que, até nem sou de modas.

2 comentários:

  1. Nosso mesmo. E este ninguém nos tira :)

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  2. :):):):) Neste caso foi a moda que veio ter contigo e não tu a ires ter com ela... :):)

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Sputnickadelas