sexta-feira, 8 de junho de 2012

amoladoooooooooorrrrr

Hoje passou um na minha rua, de gaita em punho, e ferramenta preparada para dar voz de corte a qualquer lâmina de faca ou tesoura. Recordei-me tempos em que na casa dos avós paternos, na capital, ali próximo da Almirante Reis, me punha á janela mal escutava aquela harpejo anunciando a presença do homem das facas. Incrível, a inversão consumista - antes os serviços iam à porta das pessoas, não apenas o homem das facas, mas também o do peixe, o da mercearia, a vendedeira das roupas, das frutas, tudo viajava ao domicílio. E os restantes, tudo por ali perto. Lembro-me do sapateiro ali à esquina, a drogaria, a casa de ferragens, do talho, a retrosaria, até a mais que visitada loja dos discos. Hoje, tristemente, se preciso de um pacote de arroz, tenho de pegar no carro e juntar-me à manada dos que rumam aos grandes espaços, porque à minha porta só passa... o amolador. Que parolos somos. Duplamente, porque julgamos que somos modernos, e que temos qualidade de vida.

2 comentários:

  1. Tenho saudades disso. Do homem do leite, do padeiro, do peixe fresco, dos legumes...ia tudo à porta de casa. Hoje faço ideia quanto não custaria uma coisa dessas! É por isso, e só por isso, que rumamos às grandes superfícies - é uma questão de preço. É que os pequenos comerciantes, os mini mercados de bairro, também lá vão...

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  2. Lembro-me muito bem do amolador... Passava em Amiais de Cima e em Vila Moreira :)

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Sputnickadelas