Tinha dito que não, no entanto, e não fugindo o assunto ao típico comportamento tuga, o caso é de comentar, tanto mais, porque quanto mais nos apelam à poupança, a mudar de hábitos, e de vida, mais obscenas se tornam algumas realidades. Estamos perante um conjunto de jovens ligados ao desporto, que vão representar o nosso país, lá fora. Não se cansam os jornalistas, e as publicações mediáticas de enaltecer o parque automóvel dos craques, as suas roupas caras, jóias e relógios que custam mais do que um apartamento. Falam também da folgas, das saídas, dos hobbies e dos gadjets dos rapazes. Dão-lhes estatuto de celebridade, passeiam de charrete, almoçam na instituição, e vão ao beija-mão do presidente. Estranho que não tivessem ido a Fátima. Serão o grupo que mais vai gastar na sua estadia durante a competição, assim como quem vai à Eurodisney e se hospeda no hotel da bela adormecida. Diz-se que 6 vezes mais que a Espanha. Ahhh, e no meio disto tudo - jogam à bola. Mal, mas jogam.
Os rapazes desta selecção lembram-me o meu recente telemóvel, que filma, faz fotos, tem rádio, MP3, calculadora, conversor, GPS, internet, e bláblláblá, mas nem por isso é muito competente para a função para a qual foi concebido - perde rede com facilidade. Assim são eles, os da bola, perdem com facilidade. Duas provas de que o essencial se perde na imensidão do supérfuo.
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