quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

sinais dos tempos

Na proporção em que aumentam as dificuldades financeiras das pessoas, e o seu descrédito num futuro melhor, ou ao menos, digno, aumentam também as situações em que as mesmas pessoas se tornam impacientes, intolerantes, agressivas, e sempre que, sentem que podem exercer esse direito. É como uma vingança a terceiros - já que não posso lixar que me lixa, então eu vou lixar quem eu possa lixar. Acordo ortográfico à parte, este "lixar" bem podia ser substituído pela famosa palavra começada por "f". Tudo isto somado pode resultar numa bola de neve, de consequências indesejáveis, onde habitualmente sempre paga o justo pelo pecador. Porque embora eu concorde com Miguel Torga que diz que nós mourejamos, comemos e bebemos indignados, ou com o Ricardo Araújo, quando diz que a malta fala, fala, mas não faz nada, eu direi que existe em muito tuga os resquícios de delator, pidesco e cobarde, quando exerce o seu poder de "f" os outros, só porque sim.

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