Decerto não se pensara haver tal adesão ao anúncio difundido. Das duas vezes que por ali andei, as pessoas eram às centenas, aparentemente indiferentes às horas de espera e ao rigor do frio que nos gela. Desconheço se o toca a reunir, se ficou a dever ao apelo, à fama e beleza da embarcação, ou a uma espécie de fica bem dizer que fui. Seja como for, esta acção bem poderia ser a primeira de todas as iniciativas no sentido de mostrar aos seus, aquilo que é nosso, já que mesmo que não seja bem assim, somos nós que pagamos tudo. Esta maravilha que é o Sagres devia estar-nos acessível pelo menos duas vezes ao ano, bem como outras relíquias da navegação marítima ou aérea, incluindo os inúteis submarinos do Portas.
A reboque poderiam anunciar que em Cacilhas existe uma outra embarcação maravilhosa, que se pode visitar à borla, aos domingos, bem como os nossos belos museus, vazios. Seria bem melhor ver por ali as famílias em volta dominical, enriquecedora e troikiana, do que a deprimente observação desta espécie, na busca incessante, do cartão, do talão, da promoção, das porcarias que por ali se mastigam, resvalando para uma dependência demente e vazia.
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