sábado, 4 de fevereiro de 2012

partilhas

Até tenho uma boa dezena de auscultadores, e deles faço bastante uso, seja em lazer ou trabalho. A sós. No entanto, entendo a música como algo que se partilha, desde os que a executam, em grupo, partilhando-a portanto, aos que a escutam, em comunhão, ela também partilha. Há dias, numa entrevista alguém falava em concertos em que cada espectador no público teria o seu auscultador e assim poderia configurar e escolher as várias fontes sonoras disponíveis. Uma aberração, digo eu. É tornal algo real e natural, numa coisa virtual. O chamado audio pessoal está de bom tamanho se o usamos a solo. É como se fosse, como saborosamente li aqui nas esfera blogista, uma espécie de dancing witn myself. Contudo se acompanhados e em boa companhia, nada melhor do que partilhar a música, bem como todos os outros poréns, partindo do princípio que a partilha é naturalmente total. Porque como diz o mestre Rui Veloso - não se ama alguém que não ouve a mesma canção. Razão porque quando vejo duas pessoas aparentemente juntas, cada uma com o seu som nos ouvidos, ou a tiritar individualmente nos respectivos telemoveis, me vem o tema à cabeça. Porque esse par, não dançará decerto a mesma valsa.

1 comentário:

Sputnickadelas