sábado, 19 de novembro de 2011

so this is Christmas?





Ao contrário do que aconteceu em anos recentes, muito antes do São Martinho, nos lembrava a publicidade, nos meios de comunicação, da aproximação do Natal, embora próximo ele ainda não estivesse, porque se findava o Verão. Este ano, seja por estratégia, ou por efeito troyquinano, não sinto tantos bombardeamentos publicitários, como outrora, e já estamos a pouco mais de um mês do dia santo. Embora, segundo as informações que tenho, a malta continua, mais do que a comprar, a consumir. Não gosto do Natal-consumo. O Natal, tornou-se comercial, banalizou-se como qualquer outro dia de moda como aquelas fuleirices do Haloween, dias de namorados, e afins contra os quais, por aqui já me manifestei. Não sendo eu, um adepto fervoroso da fé, admito e assumo, que tenho a minha fé. Aquela fé, muito íntima que de tão íntima, e fazendo juz à palavra, para aqui não é chamada. Todavia, entendo o Natal, ele também, íntimo. Reservado. Em comunhão. Discreto, parco, humilde. Esse é o Natal que pratico. E aquele que para mim faz sentido. Mas o que temos? Melhor, o que temos tido? O inverso. O Natal, trannsfigurou-se, e perdeu a sua verdadeira essência. Tornou-se num veículo de sugar dinheiro. Para as compras, os presentes para a tia, as peúgas para o avô, o cd para a fulana, o bibelot à sicrana. E filhos sem aquelas últmas tentações tecnológicas? Nem pensar. Há que ginasticar a finança. Depois vêm os enfeites, as luzinhas chinesas, com aquelas músicas horriveis que parecem sirenes irritantes. O Natal de hoje, é um travesti, despesista, e poluidor. Vejam-se os contentores do lixo no dia 26/12. Vejam-se os rores de comida que sobra. Vejam-se as ofertas que se dão, sem amor e sem carinho, só porque fica bem e é costume. Ofertas essas quantas vezes escolhidas ao calhas. Esfregam as mãos de contentes os chineses, e os belmiros deste país. O cenário, invocando um pouco quem deu sentido ao Natal, retrata-se naquele célebre templo onde Cristo correu os vendilhões a pontapé. Neste contexto, cabe a quem deve, colocar ordem na cocheira. E neste caso, aqui teríamos uma boa oportunidade para a Igreja exercer uma acção pedagógica, em defesa dos valores que diz defender, e em rigor, devolver ao Natal o seu verdadeiro e único espírito. Hoje, os adultos que ainda sabem o que é o Natal, não se preocupam nem fazer valer O Natal, nem em explicar aos mais novos, o que é O Natal. E para esses, os mais novos, o Natal só tem um sentido - um videogame, ou assim. Em tempos de crise dos valores financeiros, enaltecer outros valores, seria de todo, mais que colocar a as coisas em ordem, dar sentido à Palavra. Caso para dizer - quem cala, consente. ou - fale agora, ou cale-se para sempre. Amen.

2 comentários:

  1. Sabes, a cada ano que passa, ligo menos ao Natal. Não pelo espírito, que de resto, e na essência, tento manter todo o ano. Mas pelo que se fez dele...

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  2. Olha continuo a dizer que Natal é quando um homem quiser, quando ajudamos um amigo em dificuldades, quando se recebem mimos que não esperamos, quando alguem nos sorri, quando partilhamos com quem não tem. O mal é que as pessoas so são boazinhas e só se lembram dos mais desfavorecidos nos dias 24 e 25 de Dezembro, e quanto ao consumismo nem vale a pena falar. Para mim é Natal pelo menos uma vez por semana, a prenda, essa é sempre muito especial!

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