segunda-feira, 7 de novembro de 2011

avestruz não


Vão valendo os momentos de descontracção, seja na música, a pedalar, a caminhar, ou a fazer retratos, como efeito analgésico aos problemas que nos assolam. Se não a todos, a quase todos. E atente-se que o quase se encontra em crescente mutação. Foi por isso, um fim de semana de boas músicas, de saboroso regresso às canções com amigo de longa data. Houve tempo ainda para me armar em lenhador, e carregar o quanto pude, alguma lenha em pinhal próximo, actividade que faz bem ao físico e à cabeça. Não podendo, nem querendo abstrair-me da realidade, escutei com muito interesse preocupação, no rádio, em altos berros, dado que exercia o meu desbaste à lenha, o conhecido Machado Vaz, comentando números e factos da tragédia grega, particularmente no que toca a suicídios, dependências de drogas e álcool, e outros flagelos cujas proporções lá, maiores do que são aqui, tiveram no início da tragédia, a dimensão nacional. Urge que tomemos em consideração toda a informação válida, realista, não fatalista, porque homem prevenido vale sempre mais, e em tempos em que as únicas certezas são o passado, todo o conhecimento se torna vital, dado que em parte, estamos por nossa conta, mas pelo outro, dependemos de terceiros, na esmagadora maioria, nossos inimigos directos. Sejamos pois tão espartanos, quanto implacáveis.

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