terça-feira, 22 de novembro de 2011

não há maus da fita

Acostumaram-nos os americanos, pela via cinematográfica, aos bons e aos maus. Nos filmes de cow-boys o índio era sempre o mau, até que muitos anos mais tarde, a grande obra Danças com Lobos inverteu a situação. Mas sempre com o mau da fita no elenco. Pela mesma cartilha se regiam as películas em que entravam a CIA e o FBI, os bons, e os maus eram sempre os temíveis KGB. O mau da fita, é para os americanos, vital para justificar o bom, o bem e a ordem, O americano precisa do bem protector, um pouco na linha do Batman, ou do Super-Homem, bons e ordeiros. Por isso um mau nos EU, está literalmente lixado, se a contas com a Justiça.


Descobriram as competentes autoridades lusas, aqui no nosso pequeno rectângulo, um mau dos EU, e logo um mau da pesada, histórico, com um CV de luxo, no campo da maldade. No cardápio do malfeitor, nada mais que alegado um homicídio; uma fuga da prisão, com roubo de viatura; a participação num desvio de um avião, com passageiros e tripulação, e um milhão de dólares, entregues em trajes menores. Convenhamos, este mau fez muitas maldades, e logo daquelas que humilham o sistema e orgulho da poderosa América. Não foi, contudo, a imagem de mau que a RTP tentou transmitir no seu programa sobre este caso. Pelo contrário, a ideia que se tentou passar foi a do bom, mas quem sou eu para julgar. Apenas entendo que se tivesse eu sido passageiro naquele voo, decerto tentaria cobrar o susto. Pois por mais que se tente branquear a coisa, um sequestro, é um sequestro, e um avião no ar, nem sempre cai da melhor forma. Isto nem falando do alegado homicídio. Pelo que parece, os daqui não querem devolver o bom, aos que, o reclamam, e como mau. Veremos se as coisas vão ficar por aqui, porque aqui somos de deixar a culpa morrer solteira, mas os outros, não.

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