quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Heróis do Mar

Quizera eu ter outro sentimento, mas não o sinto. Logo, não o tenho. Por mais que me custe sentir que não sinto, constato e assumo que apenas me dá aquela pontinha de orgulho que esconde uma disfarçada comoção, escutar o Hino Nacional, nos jogos da Selecção. No restante, naquelas fantochadas solenes e sonolentas das comemorações e efemérides da República, apenas me vem aquela sensação de mofo, de bafio, dos tempos em que a televisão era a preto e branco. Diria até mais - que os mofentos de hoje, não são dignos de escutar o Hino, tal como o não eram os bafiosos dos anos sessenta. Os primeiros porque incompetentes são, e os segundos, porque fascistas eram.

Como bons portugueses que são, os nossos rapazes, deixando tudo para a última, só conseguiram apuramento in extremis mas diz-se que assim sabe melhor - sofrer até ao fim. Ficam bem na fotografia, o Paulo Bento, o Cristiano e o resto da rapaziada. Ficam mal, o Queirós, e os meninos que amuaram. Estes também não merecem ouvir o Hino. E este último que se escutou, ontem, no final dos 6-2, teve um sabor diferente. Afinal a única alegria lusa dos últimos meses. Mesmo tendo com o palco, o inferno da Luz.


Quem sabe um dia, me venha a orgulhar de escutar o meu Hino, em outras situações. Sei que é um bocado utópico. Como diz o Rui Veloso, na música do Jardel - mas isso já eram sonhos a mais.

1 comentário:

  1. Olha eu fiquei contente por terem ganho àqueles atrasados mentais dos bósnios. Mas estou como tu, não me soube tão bem quanto seria suposto. E mais, não consigo deixar de pensar que os polícias, por exemplo, vivem mal para caraças e estes gajos ganham fortunas para andarem aos pontapés à bola. Se tudo estivesse bem...mas não está, e os clubes devem milhares aos bancos, têm prejuízo e vivem como se lucrassem milhões enquanto nós nos esmiframos. E nem digo mais nada...

    ResponderEliminar

Sputnickadelas