sábado, 1 de setembro de 2012

os números da idade

Dizia o senhor meu pai, que no virar dos quarenta anos se sentiu muito deprimido. Nunca lhe entendi esse sentir, dado que a vida lhe corria bem, em todas as vertentes, e casado pela segunda vez, era feliz ao lado dessa pessoa, que o amou incondicionalmente até à sua partida. Talvez o facto de ela ser bastante mais nova, fosse o motivo da depressão...

Virei os quarenta e nada, depois vieram os cinquenta e nada outra vez. Deprime-me sim, a condição da incerteza no dia de amanhã, no que toca ao que não consigo dominar, ao que está fora da minha capacidade, mas isso são outros quinhentos.

Estou à beira de casar os anos, e revejo os slides da minha vida. Não vou dizer que fiz tudo certo, nem que tudo foi um erro. Tão pouco, afirmarei que voltando atrás faria tudo de novo, ou que apagaria tudo com uma borracha, fazendo um novo rumo. A vida, é a teoria do caos.

Omitindo valores e sonhos, e que altos eles são,  que aqui não serão mencionados, já me posso dar por feliz e realizado, por poder ter a genica suficiente para me aguentar com as noites de música, as pedaladas na minha fiel bicicleta, e tirar uns retratos, fazer uns petiscos, e degustar uns tintos. 

Ai que me esquecia das caipirinhas..

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