Sempre gostei do Outono. Pela calma que transmite, pelo apelo ao
recolhimento, aos regressos ao nosso interior. Em outros tempos, quando a
vida tinha largos sorrisos, havia tal azáfama no verão, que a chegada
do Outono, era assim como que um atracar o barco em porto seguro. O descanso do guerreiro. No Outono, para além do arrumar a casa da bagunça do Verão, apetecia-me longos passeios em tons de verde e de azul, apetecia-me dedilhar a guitarra clássica de cordas de nylon, desenhar a carvão e ouvir música clássica.
Alguns desses apetites esmoreceram um bocado. Outros vão-se mantendo intactos. Talvez seja da idade, talvez se prepare alguma renovação, porque tal como diz esta canção - as folhas quando caem, nascem outras no lugar. Canção esta, a primeira que aprendi a tocar, porque era a mais fácil de aprender. Tinha 3 acordes apenas. Na época pouco ligava às letras das canções, só hoje me dei conta que fala do Outono, das folhas que caem, e das outras, que nascem.
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