Cada vez se torna mais presente, a linha. A linha que separa os dois mundos que tento não associar na mesma gaveta.
São eles o mundo duramente real, da constante tentativa de manter os equilíbrios em todas as vertentes, com enorme expressão para o lado dos dinheiros que entendem em me subtrair, com directa consequência na, e já não digo qualidade, mas tão apenas, dignidade de vida. O mundo que não manobro. Aquele, em cujo palco, não passo da marionete.
Por outro lado o mundo da música, onde me refugio e me fortaleço, me reencontro e me refaço, para poder ganhar a força necessária para regressar ao primeiro. O mundo onde melhor sei navegar, e onde sou respeitado, escutado, onde dirijo o palco. Certamente sem este segundo mundo, que afinal é tão primeiro, não conseguiria aguentar-me no primeiro, que de mundo pouco tem, e muito tem de limbo, e muito menos tem, de primeiro, a não ser por mera e implacável obrigação.
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