segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Lisbon

De vez em quando dão-me estas nostalgias e lá rumo à capital, em busca de caminhos trilhados, e de recordações de outras épocas, em que palmilhava vezes sem conta os mesmos trajectos, ora rectilíneos, ora em zigue-zague, consoante o tempo e disposição. Dificilmente me vou revendo nos locais habituais. Se a uns  pouco lhes reconheço as linhas de outrora, a outros, a degradação e abandono tomam conta do estado actual. As gentes com quem me cruzo falam quase todas, em idiomas que não o meu. Sejam os turistas na baixa, ou os emigrantes ali para os lados dos Anjos, onde em busca das ruas onde antes visitava os meus tios, encontro hoje, mulheres da vida, escuto orações árabes. Os sem abrigo afectam a paisagem da Baixa,  pelo que foram corridos da Aurea, da Augusta, e paralelas para ruas e avenidas menos procuradas pelo turismo. Salvam-se alguns locais, cafés, edifícios, que teimosamente vincam o lema de que antiguidade é posto, mantendo viva a identidade de uma cidade que já foi menina, e moça. Das impressões, ficam-me estas fotos, que transformei, ao som do Rodrigo Leão. 


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