quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

estranha forma de ser(mos)

Estive neste último fim de semana numa maratona musical. Para além do habitual local das 6ªs, o sábado e o domingo, passei-os de manhã à noite a animar e apoiar sonoramente o aniversário de um considerável espaço comercial, cujo nome Hiper atrai a clientela. E dado que por ali se vendem entre tudo o resto, os alimentos, tive nesses dois dias mesmo ali na minha frente dignas representantes do banco alimentar, que tentavam não a sua sorte, mas a sorte de outros, na abordagem de quem entrava, com o respectivo pedido junto do saquinho para os eventuais donativos. Em todas aquelas longas horas constatei que muitas daquelas tias de chinelo D&G, falsas loiras oxigenadas, aperaltadas até ao pescoço, se desviavam das voluntárias do saquinho de plástico, algumas até fazendo gestos de desdém. O mesmo comportamento assim observei aos tios, incomodados com as gentes da Jonet. Creio até, que deu um jeitão a esta hipócrita gente, a história dos bifes em directo. Em contrapartida, alheios a mexericos e coisinhas de baixo interesse, focando o essencial, pessoas de aspecto humilde e discreto, entregavam felizes o seu modesto contributo, e os carrinhos lá se foram enchendo.

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Sputnickadelas