terça-feira, 20 de março de 2012

Momentos Zen

Coincidência pura. É a segunda vez que os encontro. Ao domingo de manhã. No primeiro encontro escolheram um local com vista arrepiante, na serra. No segundo, a gruta. Ambos os locais com o mar como pano de fundo. Devem ser uns trinta, homens, mulheres e crianças. Reúnem-se em circulo, falam, rezam, e no final, tocam um irritante tambor e um gongo daqueles orientais, sem qualquer cadência lógica ou agradável. Tocam porque sim. Se bem que o tocar aqui não se pode aplicar, dado que o acto de tocar um instrumento, pressupõe arte e harmonia.
No final do ritual, curiosamente ao contrário do que seria de esperar, dou com eles colados aos telemóveis, a fumar e a tirar fotos. Apenas um elemento desta tribo se prestou à contemplação do mar, prolongando o suposto momento de meditação. Achei que eles se juntam naquilo, tal como tocam, porque sim. E não pelo sentir interior. Não fiquei o tempo suficiente no local, para confirmar se o deixaram como o encontraram. As velas ainda ardiam, quando todos debandavam.


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Sputnickadelas