A revolução operada no campo das fotografias, foi brutal. Antes, tal como as cartas e os postais demoravam a chegar, também as fotografias, nos davam os tempos de espera, desde a captação até ao revelar do rolo, com a agravante que tínhamos de pagar todas,
ou seja, as tremidas, as desfocadas, as sem interesse. Hoje podemos tirar 200 fotos, e escolher na hora as 20 que vão ficar.
Contudo, a fotografia antiga, tem para além do marco histórico, a particularidade de ser de papel, poder ser folheada, guardada em caixas ou albuns, emoldurada, e perdura de geração em geração.
A fotografia digital, embora possa ser levada a papel (li algures que apenas 3% o são) corre o risco de se perder nos labirintos da net, num disco rígido que foi à vida, numa moldura digital de pifou.
Por aqui, vou guardando os retratos que faço, em pastas, pens e blogues, na consciência de que havendo um crash neste mundo internético, lá se perderão as fotos. As outras, as velhas, de papel, reveladas em estúdios esquecidos, guardadas estão, não em pastas e pens, mas nos armários, à maneira antiga.
Não são minhas mas gosto de as ver - o tempo foi o mesmo :) :)
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