sábado, 17 de agosto de 2013

das fotografias

A revolução operada no campo das fotografias, foi brutal. Antes, tal como as cartas e os postais demoravam a chegar, também as fotografias, nos davam os tempos de espera, desde a captação até ao revelar do rolo, com a agravante que tínhamos de pagar todas, 
ou seja, as tremidas, as desfocadas, as sem interesse. Hoje podemos tirar 200 fotos, e escolher na hora as 20 que vão ficar.

Contudo, a fotografia antiga, tem para além do marco histórico, a particularidade de ser de papel, poder ser folheada, guardada em caixas ou albuns, emoldurada, e perdura de geração em geração.

A fotografia digital, embora possa ser levada a papel (li algures que apenas 3% o são) corre o risco de se perder nos labirintos da net, num disco rígido que foi à vida, numa moldura digital de pifou.

Por aqui, vou guardando os retratos que faço, em pastas, pens e blogues, na consciência de que havendo um crash neste mundo internético, lá se perderão as fotos. As outras, as velhas, de papel, reveladas em estúdios esquecidos, guardadas estão, não em pastas e pens, mas nos armários, à maneira antiga.

O meu avô, de bata branca,
em Portalegre, já na profissão de barbeiro.

O meu avô, a bordo do paquete Império.

eu, com caracóis à menino Jesus

a minha mãe

eu. em Moçambique

1 comentário:

Sputnickadelas