domingo, 2 de março de 2014

rever nem sempre é bom


Há muito que não rumava à Costa, até porque desaconselham os passeios pelo paredão. E se há coisa que o meu povo gosta é de desafiar a ordem e a natureza, pelo que o paredão estava bem recheado de caminhantes, e de mirones.
Encontro o Zé, sem esperar. Depois daquela conversa, do que é feito de ti? do há quantos anos não nos vemos? O que é que fazes agora? Com que idade é que já vais? Entra-me na defensiva. Como que se não quisesse admitir que as coisas não estão nada bem, quando a primeira saudação é a de sempre: TUDO! quando questionados - então está tudo bem contigo?
Não consegui manter um diálogo franco, como os que tinha com o Zé, aqui há anos, fosse em trabalho ou em lazer. Não de repente, mas pelo contrário, porque anos se passaram, e as circunstâncias mudam, e com elas, as pessoas, dou com um Zé que não conheço, evasivo, e pouco franco.
Na despedida, mais uma frase banal - temos de combinar qualquer coisa! Aparece! Pois, claro. Pois quem não aparece... esquece. Mas não será certamente em busca do Zé, será porque, sempre que contemplo o mar, as minhas ansiedades pausam.

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