quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Museus


Embora nunca tenha integrado uma Banda Filarmónica, sempre tive muita intimidade com este mundo. Toquei com muita gente pertencente a filarmónicas, e, frequentei, toquei, e ensaiei, anos seguidos nas Sociedades e Colectividades, cuja jóia da coroa era precisamente, a Banda.

Quando visitei o Museu do Fado, nem por isso gostei muito. Na minha humilde opinião, falta-lhe uma característica essencial no Fado - A Alma. É um museu, sim senhor, tem por ali espólio, informação, e conteúdos, mas carece da dita Alma e Tradição. Direi que é melhor este museu do que nenhum, mesmo sendo snob, mas a alma, a tradição, e a essência do que é Fado, não vivem naquele edifício.

Acabo de ver uma colecção de fotos, na rede social do momento, sobre a inauguração do Museu de Música Filarmónica, em Almada, pelo que me foi dado a ver na centena de fotos publicadas, o tributo à filarmonia, perde para o conceito de novos formatos, que, mais uma vez, não respeitam a dita Alma.

Dependendo da acessibilidade de acesso ao museu, nesta moderna Almada, estraçalhada pelo comboio urbano, talvez por ali passe em busca da dita Alma, mas apenas se não se pagar um balúrdio para parar o carro, e a entrada for livre, à semelhança do que acontece nos museus lisboetas. Que isto do direito de Cultura para o povo não pode ficar só nos discursos de inauguração.







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