terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Relatos do Grão Ducado 4, regressos e progressos

Nesta nova vida, a vida ensinou-me entre tantos outros ensinamentos, a gerir de outra forma os momentos. Até aqui chegar, a minha ansiedade sempre me afectou. Existe por dentro de mim, uma ansiedade, e uma insatisfação, que foi abrandando na proporção em que os dias aqui  iam correndo. 
Esse descomprimir possibilitou-me o acesso tão metodico como aleatorio, às gavetas da minha memoria, ao rebuscar emoções. Umas perdidas, outras esquecidas, outras trancadas a sete chaves. Não são fantasmas, dado que o que se viveu foi real, e se foi real està fora do campo da imaginação. O caminho é assumir e gerir.
Um dos maiores prazeres que este rencontro com os meus momentos e emoções de outrora, tem sido o revisitar das canções com as quais verdadeiramente vivi, pois vivi-as.
A nova vida permite-me rebuscar o prazer de rever os velhos albuns, tantos deles que guardo em vinil, no sotão, e nos acordes e melodia na minha mente. Alguns, quase esquecidos.
Sim, podemos e devemos voltar onde jà fomos felizes, e retomar o prazer unico de escutar a peça inteira, numa época em que a velocidade de navegação na internet é O dado adquirido. Imbecilmente roda-se a tela, visionam-se fragmentos, de videos, de musicas, de citações, etc. e fica-se imbecil na mesma, pois nada se aprendeu. Mea culpa também.

Mas o prazer dos regressos de visita ao passado não fica por aqui. Existe também a soma do dado novo, de reaprender o que jà se esquecera, bem como a descoberta deste ou aquele artista ou banda que sempre tivera vontade de aprofundar o conhecimento das suas obras. Uma forma deliciosa de evoluir, portanto. Porque quando escuto o noticiàrio em francês, alguma coisa fica, e quando escuto musica, ficam sempre mais notas e acordes aqui dentro. E nunca são demais, como comprovou Mozart, que as sabia encaixar como génio que foi.

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