quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Relatos do Grão Ducado 2, o modo Avatar

O modo Avatar é tão somente o modo interruptor verificado no filme. Onde o protagonista principal da història muda literalmente de mundo, com pouco mais de um click. Mudar de Portugal para o Luxemburgo, ou o inverso não é tão radical, muito menos serà se por uns dias. Contudo se somos residentes, aì tudo se intensifica. E as diferenças surgem à tona.
A volatilidade com que nos deparamos, nesta transição mede-se em horas. Poucas. Num momento estamos aqui e noutro momento, estamos ali. Vista a coisa no Google maps, é simples. Afinal são duas horas e meia. Mas atendendo ao detalhe, logo verificamos que o aqui é um mundo e o ali é outro. Estou desde Novembro de 2014, e gradualmente a viver neste vai-vem. Apanho o avião com a emoção de apanhar o autocarro. Longe daquele fervilhar que antecedia os voos de outrora. Não alimento neste vai-vem o pensamento do Variações quando cantava que sò estava bem onde não estava. Sei que nesta nova pele me sinto bem, que faço o que melhor sei fazer: tocar e cantar, que tenho mais tempo para mim, e por isso, mais e melhor tempo para os outros. Que tenho um novo mundo e emoções para explorar. Que tenho construido novas amizades. Que estou a aprender: linguas, novas mùsicas, o Fado, Història local. Em suma, evoluo, e não estagno. Mesmo não havendo tantos outros motivos, seriam estes, mais que suficientes para que este Avatar que hà em mim, tivesse, em boa hora aceite o desafio de largar o cobertor da zona de conforto. 

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Sputnickadelas