sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Relatos do Grão Ducado 1

                                                  (escrevo com erros de acentuação dado que este teclado é ucraniano ou coisa parecida)
Talvez seja desta. Que me vem de novo a veia de escrevinhar o que me vai no interior da alma. Tenho reflectido inumeras vezes sobre voltar aqui, ou deixar tudo emparedado no universo virtual, cada vez mais presente no nosso dia a dia. No entanto um dia sem net é um dia feliz. De liberdade. De não dependência. Um dia, escrever-se-à sobre isto. Não tenho duvidas. Largar este blogue com a sua historia, afinal, parte de mim, não me agrada. Mantê-lo sò porque sim, também não. 

Estou actualmente, quase em permanência no Luxemburgo. Para ser mais preciso, no norte de França, a cerca de dois quilometros deste pequeno paìs. Serà essencialmente sobre as impressões de um português a morar fora da sua zona de conforto, como agora é moda dizer-se, que me irei debruçar nos textos vindouros. As experiências que atravessamos, ou nos atravessam, são pessoais, mas também possuem uma boa dose de parecença com as de outros. Estar por aqui em tempo real, sem ser um turista, faz-me ver entre outras coisas, as coisas de forma diferente, seja nos conceitos e preconceitos que tantas vezes criamos, por informação errada, deturpada, por convicção, e afins. Ou até mesmo porque estupidamente queremso que seja assim. Falo do chavão "emigrante", palavra que não gosto. Falo da cultura, hàbitos e tradições de outros povos. Falo com a consciência, agora humilde, de que apesar de ter conhecido dezenas de paises, em três continentes, afinal, não os conheci. Apenas, estive là. Belisquei-os. Sermos romanos em Roma, sem deixarmos para segundo plano as nossas raizes é essencial.

A experiência de vida que venho a ter desde hà pouco mais de dois anos, consolidada a tempo inteiro desde meados do ano passado, tem sido gratificante a todos os niveis. Nunca pensaria eu, que no limiar dos sessenta anos, (sexagenàrio, outra palavra que detesto) a vida me oferecesse tal desafio e me colocasse à prova. Prova essa que com altos e baixos, rosas e seus espinhos, tem sido superada. 

Como tão bem diz a frase: podemos sempre fazer um novo futuro.

2 comentários:

Sputnickadelas