quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

o tempo não volta para trás

O que leva algumas mulheres (principalmente, as) a quererem mudar de cara? a colocar enchumaços nos lábios, nos seios, no rabo? A tirar daqui e a  colocar ali. Porque teimam em se auto-terraplanar numa luta sempre perdida, porque o que se pode retardar, é quase nada, perante o ridículo de passarem a ser outras? Fofocas à parte, li sobre a actriz badalada que ao se submeter ao bisturi, não ficou ela. Ficou, literalmente outra. Perdeu a identidade, e arrisco, a sensualidade. A boca que a caracterizava, desapareceu. Não querendo ser mordaz diria até que por coerência, já que o rosto não pertence ao nome, a pessoa em questão devia mudar de nome. Que me perdoem as recicladas, as recauchutadas, mas  o valor de uma ruga, de uma flacidez pode ter e tem toda a beleza que uma pele plagiada e artificial nunca poderá ter. Para além disso, fica difícil para o tacto, e para o acto,  dado que tudo o que é restaurado perde para além da naturalidade, a resistência de origem. Fica-se assim com pouca vontade de tocar, dado que, como se sabe, os olhos são os primeiros a comer.

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