segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Voltei, voltei

Desde Março de 2014 que aqui não vinha. Ano e meio de falta de inspiração? Talvez. Creio que o mais apropriado será dizer, falta de vontade. Motivos para a prosa nunca faltaram. Depois vem aquela questão - escrever para quê? para quem? De facto, quando escrevemos, para além de nós mesmos, temos sempre uma esperança que  alguém, por vontade ou por acaso, nos leia. Por vezes escreve-se como se fotografa, para mais tarde recordar. Relemo-nos pode ser por si só uma viajem ao nosso passado, ao nosso interior, o que pode ser bom e menos bom, doce ou amargo ao mesmo tempo. Conforme, portanto.

Nestes últimos meses por aqui não me desvendei, por aqui não me perdi. Muito retratei, e muitas notas músicais debitei. Os horizontes musicais alargaram-se a outros palcos, e qual Linda da mala de cartão, em menos de um ano fiz mais de meia-dúzia de visitas ao Grão Ducado, para tocar para quem me escuta, os portugueses.

Se vemos, ouvimos, e lemos, não podemos ignorar. No meu caso, andando cá e lá, ou lá e cá, observando in loquo as colossais diferenças existentes entre o meu pobre país, e este onde me encontro, e mesmo nos países limítrofes, a minha indignação aumentou dramáticamente, quanto à forma como vai o meu país, num estado do qual, prevejo, nunca sairá. Porque é bem habitado, mas mal governado.

Deixo por hoje as palavras escritas, dado que a intenção era mesmo esta: a dizer, Voltei, Voltei. 

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