Simples e bonito, porque a música não tem de ser complicada nem triste. Amanhã vou tocá-la, e mais a Rosa Albardeira.
Simples e bonito, porque a música não tem de ser complicada nem triste. Amanhã vou tocá-la, e mais a Rosa Albardeira.



Questionado por Goucha sobre o processo que o, e se arrasta, o apresentador, lá foi metendo os pés pelas mãos, e câmara lá foi fazendo os grandes planos dos olhos comovidos, e mais uma vez, se assistiu ao rol, dos argumentos, dos dezasseis telemóveis, dos apoios populares e outras partes de um guião bem estudado e manipulado.
Afinal, os santos se não operam milagres, da fama não se livram, e nada custa atribuir-lhe este, em forma de prolongamento dos restos do verão, que é como quem diz, mostrar-me o mar de Sesimbra, mais que convidativo ao mergulho, e não me fazendo rogado, partilhei com uma pequena minoria, as cristalinas águas, e o areal agora já povoado por gente vestida, alguns lastimando-se do carrego de tão pesadas roupas, e lamentando os calções e a toalha de banho, que caminhando à beira-mar, olhavam desconsolados os que se banhavam. Prsentes também as gaivotas que reclamam o domínio territorial, pelo menos até à próxima Primavera. Agora sim. Estou mentalizado. Venha de lá esse frio, e a chuva, as folhas no chão, e os dias mais curtos, que daqui até ao Natal é um pulinho.
Andar de biciclete contra o vento é difícil, não há mudança que valha, pois afinal o motor são as pernas, e o estorvo é o peso do corpo que teima em fazer frente aos ares insistentes que nos empurram para trás, quando queremos afinal, ir em frente. Bom mesmo é o disfrute do regresso, em vento de feição, com aquele literal empurrão, aquela verdadeira palmadinha nas costas.
Não querendo ser chato, e falar mais uma vez da mamã, cumpre-me estar (mais) preocupado com as medidas dos nossos eloquentes governantes - diz-me a D.L que vai gastar fortunas (mais) nos medicamentos, pois dos que toma, com as novas comparticipações do estado, vai pagar um bom punhado de euros a mais. Tudo bem, digo-lhe, que se gaste, que se vão os aneis, e que venham as drogas. Contudo nem todos, se podem "apenas" lastimar. Acredito que a grande maioria dos nossos velhos, vai saltar a medicação, e outros vão pura e simplesmente aboli-la, rendendo-se a uma mais rápida entrega ao fim de vida.
Tenho de tirar (mais uma vez) o chapéu a esta gente que nos governa com um olho, em terra de cegos, pois esta medida, junto com o restante descalabro luso, vai decerto aliviar o peso se um número - o da média de idade da população portuguesa. Seremos mais jovens. Os velhos vão morrer mais cedo doque esperado, e deixar mais umas 'croas à Segurança Social. Porreiro, pá.

Em outros anos e em outra idade, mas na mesma praia do Meco, com uma vista destas pela frente, fui compondo, sem viola e sem sebenta, este tema, que hoje, um amigo, do tempo dessas lides, publicou neste universo de net. Do esboço na cabeça, até chegar à viola e ao papel, tentei não apagar nada do que o mar ispirara, e depois, foi apenas escrever, e tocar como se já soubesse tudo de cor, há muito tempo. Nunca a dediquei a ninguém. Até agora...
Este filme foi uma obra-prima da ficção científica nacional, gravado em 1970, a fingir que era lá para o ano dois mil e tal.


Em boa hora, guitarrista amigo, para além de ter ido dar uma mãozinha, a uma das minhas noites de música, me incentivou a aderir à causa - colocar temas musicais em MP3, com todo o suporte de instrumentos, menos a guitarra e a voz. Decidi experimentar, apenas para desenferrujar os dedos, e pensando apenas aplicar esta modalidade no âmbito caseiro. Contudo, pela forma como me correram tão bem as desbundas no lar, decidi tocá-las na rua, e por isso no sábado passado, ali na Baía, o pessoal assistente teve de levar com os velhinhos black magic woman, oye como va, another brick in the wall, smoke on the water, cocaine, e wonderful tonight. E brevemente, vão levar com mais, pois se eu gostei, eles gostaram ainda mais, até já fizeram encomendas, assim eu tenha voz e dedinhos para a arte, que aquilo não é para quem quer.
Depois de mais uma noite de grandes músicas na Baía, que começou a ver um pôr-do-sol digno do Bolero de Ravel, chegada a hora do grande final, rendido aos backing-tracks que merecerão honras de post, de caipirinha em punho, abanco na animada roda de amigos de longa data que ali aterrou, vindos de um regado jantar. Haviam casais, outros, eles e elas, alguns separados, outros ainda em 2ªs uniões. O tema era forte - infidelidade.
Que forma de crença existe nos que acreditam que desígnios divinos determinam uma roleta fundamentada em argumentos que ao Homem lhe é vedada, roleta essa que vai chamando ao reino dos céus, um após outro?
Acabo de ver na SicNotícias a descrição, parcial, julgo, da panóplia de funcionalidade dos novos submarinos que Portas comprou, para defesa da Nação Valente e do Nobre Povo. Ainda estou zonzo confesso, ele é minas, e armadilhas, torpedos, radares, sistemas de não-sei-o-quê, e sublinhou a locutora, o paraíso dos submarinistas (sic) - um duche que transforma a água salgada em água doce. Se eu fosse má-lingua diria que este extra foi a gota de água (doce) que fez transbordar o copo da decisão de Portas, imaginando os seus súbditos submarinistas, ou marinheiros, ou soldados debaixo de água, como se queira, lavadinhos, aconchegados pelas quentes águas doces, em alto mar, perdão, debaixo de água. Era o que estava mesmo a faltar à Nação dos Igrejos Avós, um submarino com duche de água doce. E Portas gritou, bem alto, lá na loja onde se vendem submarinos: quero dois!!! Apoiado, disseram os Capitães do Mar Luso!!! Dinheiro ou Multibanco? (não aceitamos cheques) inquiriu a menina da caixa. O meu povo paga, menina, retorquiu de imediato Portas, afinal isto é para o bem deles, e gargalhou Portas, como gargalha o temível Mr.Burns, dos Simpsons.
Está a fazer um ano em que por via de cuscar o blogue da minha amiga primária Antígona, me decidi a postar, e foi precisamente sobre a chegada do Outono, e dela, da Antígona, o primeiro comentário.
Uma das contagens decrescentes já cá canta. Era a primeira de duas, a previsível, a dada como certa, e ao contrário do que alguns afirmam, é sempre bom fazer anos. Somos alvo de maior atenção, recebemos prendas, telefonemas, sms, mimos. Mesmo que sabendo distinguir, os que são do fundo do coração e os que são circunstanciais. Foi um sábado de aniversário bem passado, entre duas noitadas a fazer o mais gosto, tocar. Com tempo para cumprir a praxe da auto-prenda que não dispenso, e melhor que tudo, preparar, desde a compra à confecção, um almoço de domingo, em honra do próprio, e da mãe-sputick. Como diria o meu avô, cada dia que vivo é mais um dia que conquisto á natureza, afirmação, que no caso da mamã, faz todo o sentido, e no meu, já começa a fazer. Que se sigam mais, e que todos vejam.
A Lei que condena, é a Lei que permite a não condenação. A Lei que foi genéticamente manipulada, escandalosamente, com fins evidentes. Fins nojentos. Assim é Portugal, uns vão bem e os outros mal. Sabemos que a montanha nem um rato pariu. Sabemos que as penas não irão ser cumpridas, e assistimos ao show dos "condenados" em mediáticas correrias pelas rádios e tv's.
Conta-me o meu amigo W, de origem brasileira, que os velhos deste país em nada se parecem com os do Brasil, que os de lá são alegres, e despreocupados, mesmo que não tenham Reais para gastar, e que os daqui são carracudos, desconfiados e gostam de dar ordens, Salazars é o nome que o W colocou aos nossos velhos, e não estou em desacordo.
Ontem dei pelo desleixe de ter deixado a tesoura aberta. E corri a fechá-la. Dá azar, dizia a minha avó, e porque ela dizia, sempre a fechei, e continuarei a fechar, mais por respeito e precaução, que por superstição. Depois de fechar a tesoura revi umas outras, ligadas à actividade de capelista, da D.Idalina, que boas lembranças me deram: