domingo, 31 de outubro de 2010
Conclusão

sábado, 30 de outubro de 2010
a caixa mágica
Foram muitas as moedas que coloquei naquela juke-box no café do Senhor Américo, irmão do Simões do Benfica, um dos meus cromos da bola, das minhas quase nunca terminadas colecções. Eu idolatrava aquela caixa mágica onde por uma moeda, se clicava no hit e viamos saír o disco para ser tocado. Por vezes não havia a moeda desejada, e ficava-me por ali na esperança que alguém aparecer e mandar vir uma música. Com o passar do tempo, e porque o Sr. Américo não renovava o reportório, fui conhecendo, um por, os EP's da caixa. Se a uns, a grande maioria, os esqueci, a outros, não deixei de os escutar, e tocar. Este é um deles. E mais tarde, comprei-o na Melodia, no Chiado, um EP que tinha além desde tema, o these arms of mine e o I've been loving you too long. Mais tarde, o Télinhos, falso-amigo, roubou-mo, mas não roubou o prazer das viajens que faço quando escuto esta música.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Escapadelas

quinta-feira, 28 de outubro de 2010
do Leste, com amor (ou de Sudoeste)

terça-feira, 26 de outubro de 2010
10 minutos em slow motion
Era o slow mais aguardado nas festas de garagem, e não só, pois as festas podiam ser nos nossos quartos de adolescentes, desde que autorizadas pelas mamãs, ou à sua revelia. Era também sempre esperado com a maior ansiedade nos convívios da escola e do liceu, porque garantia dez minutos seguidinhos de encosto, de beijos e carícias, com maior ou menor ousadia, conforme o caso, mas miúda que aceitasse dançar, o Shine on you Crazy Diamond , dizia-nos silenciosamente, que permitia aqueles tímidos avanços na penumbra. O meu debutante lado musical, sentia este tema numa lógica da dificuldade de reproduzir-lhe os solos, numa devoção quase religiosa, que vinha dos tempos do Umma Gumma.
Os backing-tracks fizeram-me reviver mais uma vez esta música, num plano totalmente diferente. Ando a interioriza-la, a senti-la, e a toca-la, aos poucos vou limando arestas, tentando aperfeiçoar, tanto quanto consiga, os solos da guitarra do Gilmour. Este é um solo que, ou se toca igual, ou não tem sentido dar-lhe um toque pessoal. Delicio-me nestes íntimos ensaios, que faço à média-luz, para criar o clima, e vou saboreando este reaprender, até chegar ao momento de voos em outros palcos. Não coloco contudo, de parte, um ensaio revivalista em palco de dança, com par a condizer. Mas isso são outros 500...
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
o Tu e o Você

sexta-feira, 22 de outubro de 2010
só pérolas

quinta-feira, 21 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
novas saídas
Na hora do meu cházinho matinal, no balcão, estou de costas para elas que se lastimam, à mesa, uma, que até aquele prazer de tomar o pequeno almoço na rua vai ter de acabar, a outra que prefere cortar nas refeições em casa e nos remédios, do que perder a sua bica e os dedos de conversa. Nos filhos de ambas, eles na casa dos quarenta, mora o desalento - o desemprego, salva-se um que é da função pública, mas está também empenhado até à pontinha dos cabelos. Remata uma, que as poupanças dela já há muito se foram, nas sucessivas tentativas de tapar os buracos dos filhos, e que agora o T, o filho mais velho está em desespero, pois acaba-se-lhe este mês o subsídio de desemprego, e receia a mãe que este cumpra a promessa que vem proferindo - se se vir sem saída, deita fogo ao carro e à casa, para os bancos não se ficarem a rir, e depois mata-se. Perante a angustiada e impotente mãe, responde-lhe a outra, também mãe de coração apertado - descanse, que quando eles dizem que se matam, nunca o fazem.terça-feira, 19 de outubro de 2010
até Sempre
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Manifesto
domingo, 17 de outubro de 2010
o prometido é devido

sábado, 16 de outubro de 2010
Momentos Zen
A Música, esta, ou destas, presente como fundo.
Os Cheiros, agradáveis, discretos, mas penetrantes.
A Luz, que não se dê bem conta de onde vem, um pouco menos que quanto baste.
Os Corpos, saciados, quanto baste, perfumados, do banho de espuma.
A Lareira, acesa, a fazer parte da luz.
O Vinho, um Bordeaux, certamente.
As Iguarias, escolhidas e preparadas em dueto.
...
Os Chocolates, muito depois.
.........
A tv, o telemóvel, a campainha, e todo e qualquer outro meio de contacto com o exterior, Anulados. Sem limites.
Crónica de um passeio de biciclete ao Seixal, em tempos de crise
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
para mais tarde recordar
O rescaldo do dia da folga teve mesmo um gosto agri-doce, se o doce acabou, o agri está presente no dia de hoje, dia em que uma vez mais, o governo se prepara para nos roubar, agora, mais do que à descarada. Do doce ficou um dia dividido entre mergulhos em pleno Outono, o Joaquim Sassa, do Saramago, umas incursões aos magníficos lotes de Baco, em terras de Azeitão, e o trabalho com afinco num novo desafio musical, com amigo de longa data, onde para além de bons covers de Deep Purple, ZZ Top, Beatles, Gary Moore, Cars, Clapton, and so on, daremos lugar ao tributo luso, e aos temas que gravámos nos Iodo, ou não fosse este meu amigo, o cantor da banda... a coisa promete, nem que seja para goso próprio, e alguma partilha com malta da cor.quinta-feira, 14 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
ora toma
do estar em... Harmonia

basta fingir

segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Viva a Rede
Já por aqui falei, e se falou das redes "sociais", das suas vantagens e malefícios. Por eles e neles vemos gente que se abre totalmente por ali, que alimenta e se alimenta nas redes como se aquilo fosse uma horta, ou um tamagochi, bem como pelo contrário, há quem não queira nem sequer fazer parte do mostruário, por mais discreta que seja a presença. Respeitem-se as vontades, respeitem-se as escolhas.domingo, 10 de outubro de 2010
revivalismo
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
antecipações
Como ando numa de antecipações, mais do que de recordações, permito-me o exercício à imaginação do que vai ser o domingo próximo, a manter-se este tempo verdadeiramente outonal, lá vai ele passar a ponte, que de quase vazia me deixará rever, sem stress a minha Lisboa - melhor que a vista de Lisboa, pela ponte, só mesmo quando se vem de avião e este entra por esta rota - depois de um pequeno almoço no Amoreiras, cheio de calorias, um livrinho que já anda debaixo de olho na Bertrand, e mais umas observações locais, hora em que decerto, o espaço começará a povoar-se de humanos, e eu me piro para vistas do Meco, seus mares revoltos, e areiais agora desertos. Será o momento dos clássicos no leitor de cd, com o indispensável Bolero, e o Carmina Burana. Momento que mesmo que não inspire, lava a alma, e chovendo, o carro. Um passagem obrigatória pelo Cabo, e a sua igreja, a única que visito com sentir especial, dado que a ela vou apenas com um intúito. Havendo vontade, um pulinho a Sesimbra, e às tortas de Azeitão, agora já de Rádio Clube Português, no som, em trajecto de regresso à caverna, onde me perderei nas músicas, e num filme que não sei ainda, sem pipocas, sem filas, sem encontrões, sem estacionamentos congestionados, sem putos embirrantes aos gritos, e sem um gajo que não pára quieto à minha frente. Mais pelo fim do dia, o petisco que ainda não sei, com um tinto que será escolhido ao rigor do um-dó-li-tá...quinta-feira, 7 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
retalhos da vida cantados

terça-feira, 5 de outubro de 2010
Varig - Feliz Natal
Incumbido de um trabalho no mínimo diferente, ando a pesquizar, e recolher , para em forma de rapsódia, os tocar, anúncios antigos que sejam musicados. Já encontrei pérolas tais como os candeeiros bem bonitos modernos e originais, ou o boca-doce, a linda carochinha que casou com o João Ratão, de colónia é o leite...que você deve usar, mas o número um é mesmo este, que me fazia voar, e ainda faz.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Imperdível

domingo, 3 de outubro de 2010
U 2

sexta-feira, 1 de outubro de 2010
não consigo dominar...
Baco-radas
Em tempos de antevisão dos tempos negros, não nas nuvens de Outono, mas no desbaste que a cambada política nos vai inflingir, fui aos vinhos. Com a disponíbilidade, e a tranquilidade necessárias, pode-se rechear a garrafeira, de um bom sortido de nectars, a valores moderados, passando pelo Douro, Dão, Alentejo, e Terras do Sado, e uma pequena traição ao baco-luso, com uns Riojas e Bordeaux. Gosto de escolher o vinho assim, os que vou beber, fora do dia a dia, tal como escolho as músicas, e da escolha do vinho, escolho com que o acompanhar, à mesa, e nos ouvidos. Cada rolha sacada, será pois um pequeno prazer de Outono, cada sabor que fica, marcará o momento. Que sejam celebrações de prazer, ou, na alternativa, para esquecer as desgraças dos telejornais, mas se for caso disso, que se beba do pacote, Camilo Alves serve, porque para ver gente reles, o vinho tem de ser a condizer, embora não subscreva a Mariquinhas, entendo-a - pois dar de beber à dor é o melhor...
















